Para o sociólogo e professor Henrique Varela, “os jovens, na maioria das vezes, dispõem de habilidade, têm jeito para fazerem alguma coisa”, mas falta-lhes atitude e ousadia.
“Assim como uma vírgula muda o sentido da frase, assim, também, a atitude muda a vida de uma comunidade, do indivíduo e da profissão que o indivíduo eventualmente poderá exercer com competência e excelência”, sustenta Henrique Varela, para quem, “muitas vezes, o que falta aos jovens é a assunção das suas atitudes e das responsabilidades”, em vez de se ficar a criticar, “sistematicamente” o Governo.
Varela entende, contudo, que como “a força do trabalho reside nos jovens”, é fundamental que “sejam criadas políticas públicas e de acesso ao mercado do trabalho”.
Por sua vez, o docente universitário Daniel Medina ouvido também pelo A NAÇÃO sobre esta temática, alerta que “o empreendedorismo não é uma simples forma de desenrascar na vida”, mas exige organização e planificação.
“O empreendedorismo exige recursos, visão do futuro e uma avaliação permanente do trabalho que se está a fazer”, vinca Medina, acrescentando que, com capacidade organizativa e avaliação permanente do que se está a fazer, “o desemprego poderá diminuir consideravelmente”.
Varela e Medina são coincidentes em que o empreendedorismo “é uma boa estratégia, saída e uma das alternativas para driblar o desemprego” e capacitar os jovens para um novo rumo.
PG
