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Guterres quer força da ONU a proteger palestinianos  

O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, apresentou propostas que vão desde o envio de observadores até à presença de uma força policial sob mandato da ONU.

As propostas, segundo a agência de notícias AFP, constam de um relatório solicitado pela Assembleia-Geral da ONU, depois de uma nova onda de violência em Gaza, onde 171 palestinianos foram mortos por disparos das tropas israelitas desde o fim de março.

As propostas são a existência de uma “presença mais forte da ONU no terreno”, com observadores de direitos humanos e observadores políticos a monitorizarem a situação, a expansão da ajuda humanitária e ao desenvolvimento para “garantir o bem estar da população”; a criação de uma missão de observação em áreas sensíveis; e a mobilização de uma força policial ou militar, sob a égide da ONU, para proteger fisicamente os civis palestinianos.

O mandato da ONU para a mobilização de uma força de protecção exigiria uma decisão do Conselho de Segurança, mas é pouco provável que tal possa avançar, dado que desde 1994 que Israel tem rejeitado os pedidos para uma presença internacional nas áreas mais problemáticas, lembra a AFP.

As propostas avançadas pelas Nações Unidas surgem numa altura em que Israel e o movimento palestiniano Hamas mantêm conversações indirectas, mediadas pelo Egipto, para um cessar-fogo duradouro, após a pior escalada militar na Faixa de Gaza, desde 2014, e que terminou com uma trégua temporária.

Desde Julho, a Faixa de Gaza e as zonas periféricas israelitas sofreram três focos de violência, o último dos quais, na semana passada, no que foi um dos mais violentos confrontos entre Israel e o Hamas desde a guerra de 2014.

Na quinta-feira passada, sob a égide do Egipto e das Nações Unidas, foi decretada uma trégua, que todos reconhecem ser bastante frágil.

A instabilidade na faixa de Gaza aumentou com o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno.

São, pelo menos, 164 os palestinianos mortos a tiro por israelitas no enclave, desde que começaram, a 30 de Março, as manifestações ao longo da barreira de segurança com Israel para denunciar o bloqueio imposto há mais de dez anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.

No último mês registaram-se várias escaladas de tensão, com disparos a partir de Gaza, manifestações e tentativas de infiltração e bombardeamentos e disparos israelitas.

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