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Política

PP vai abordar com embaixador dos EUA combate à corrupção, justiça social e promoção da democracia

O Partido Popular (PP) vai encontrar-se com o embaixador dos Estados Unidos em Cabo Verde na quinta-feira para levar as suas preocupações sobre o combate à corrupção, justiça social e promoção da democracia no país.

Em entrevista à Inforpress, o líder do PP, Amândio Barbosa Vicente, afirmou que o objectivo desse encontro é chamar atenção das entidades estrangeiras residentes sobre a falta de uma cultura de responsabilização que impede que os decisores políticos sejam penalizados por medidas e atitudes que prejudicam o país.

A título de exemplo, Amândio Barbosa Vicente citou a implementação de taxas nos hospitais de Cabo Verde para os utentes.

“Não é justo que se cobre trezentos escudos, dois mil ou quatro mil escudos e às vezes muito mais dinheiro a um cidadão num país onde salário mínimo é de 13 mil escudos. Por outro lado, vê-se um esbanjamento e roubo do dinheiro do Estado”, criticou.

Para este líder partidário, enquanto em Angola o presidente da República dá exemplos de combate à corrupção, em Cabo Verde “há denuncias de despesas injustificadas de cerca de 90 mil contos do Fundo do Ambiente, observa-se o PAICV e o MpD a dividirem o dinheiro do Novo Banco e denuncias da venda de dois aviões da TACV sem que esse dinheiro entrasse nos cofres do Estado”.

No seu entender, há muitas coisas que estão a acontecer no país e que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca “deixa passar” e depois anuncia que está a prepara-se para discursar na Assembleia das Nações Unidas sobre a pena de morte.

É sobre estas coisas que continuamos a discutir com as autoridades estrangeiras implantadas em Cabo Verde e com outros cidadãos. Brevemente vamos sair nas ruas com os nossos megafones para falar com os cidadãos”.

Outro assunto contestado pelo Partido Popular é a Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA) que Amândio Barbosa Vicente apelida “incongruência” por encarecer o preço das viagens a Cabo Verde “dez vezes mais do que o habitual.”

“Entendemos que se deve actualizar os preços, mas não em níveis tão altos. Houve uma isenção de visto para os europeus sem ter em conta economia do país e as perdas que teremos. Agora tenta-se compensar com a taxa de segurança aeroportuária”, contestou o presidente do PP.

Como se não bastasse, prosseguiu, há falta de alinhamento na mensagem dos membros do Governo em relação a essa taxa. Lembrou Barbosa Vicente que o ministro da Economia José Gonçalves falou que a taxa será direcionada para questões de segurança aeroportuária e o vice-primeiro-ministro revelou que, na verdade, é uma compensação devido à perda de receitas com a isenção de visto.

C/Inforpress

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