PUB

Sociedade

Censo prisional revela que maioria dos crimes cometidos no país tem como origem o consumo de drogas – ministra

A ministra da Justiça disse hoje, na Cidade da Praia, que a maior parte dos crimes cometidos no país tem como origem o consumo de drogas ilícitas e álcool,  de acordo com os dados do censo prisional.

A informação avançada aos jornalistas por Janine Lélis, após uma visita às obras introduzidas no complexo mais antigo da Cadeia Central da Praia, enquadradas no programa de melhorias dos estabelecimentos prisionais de modo a garantir “condições de dignidade” aos reclusos.

“O censo, cujos resultados oficiais vão ser divulgados brevemente, foi concluído no mês passado só não foi divulgado porque ainda estamos a fazer a análise do mesmo”, justificou a ministra

A governante avançou, no entanto, que segundo o estudo os crimes cometidos sob o efeito de álcool ultrapassam os 50 por cento (%), pelo que, segundo ela, há um trabalho sistemático que deve ser feito com responsabilidades de todos os sectores, para que se possa minorar os níveis reincidência criminal.

“O país não pode estar a construir estabelecimentos por todo quanto é sitio, mas temos manter as condições das que existem e garantir para que haja menos reincidência”, notou a ministra, considerando que com a video-vigilância deu-se um “salto qualitativo” em relação à identificação de possíveis crimes e sua prevenção.

Acrescentou que o censo prisional revela que tendencialmente a prática de crimes tem incidência nos homens e que boa parte das pessoas que cometem crimes estão inseridas em famílias e que a reincidência é de cerca de 28%.

Para a ministra, os dados de reincidência são “muito importantes”, porque permitem perspectivar qual é o perfil da criminalidade e trabalhar as questões de forma “própria e ajustada”.

Em relação às obras no complexo mais antigo da Cadeia Central da Praia informou que estão orçadas em 13 mil contos e que se trata de melhorais introduzidas em mais seis celas e três casas de banho, com a capacidade para albergar quase meia centena de reclusos dos 16 aos 21 anos.

“Isto está enquadrado dentro do nosso programa de melhorias que tem a ver com a garantir as condições de dignidade dos reclusos, embora tendencialmente o censo comum vai no sentido de que não deveria ser, mas devemos sempre trabalhar para que as penas sejam cumpridas num quadro em que haja respeito pela dignidade da pessoa humana,” frisou a ministra.

Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top