Segundo uma nota governamental, a observação foi realizada por uma missão conjunta da Comissão Interestadual Permanente para o Controle da Seca no Sahel e os parceiros que se encontra em Cabo Verde para uma avaliação preliminar da campanha agrícola 2018/2019.
Trata-se de uma atividade que acontece todos os anos como parte da monitorização da situação alimentar “para evitar crises alimentares e pastorais nos países membros” da CILSS.
O objetivo dessas missões é “avaliar o progresso da campanha agropecuária em estreita colaboração com as estruturas nacionais”, como o Ministério da Agricultura, o Instituto de Meteorologia e a proteção vegetal.
Na quarta-feira, a equipa visitou o interior da ilha de Santiago, nomeadamente as zonas de Ribeirão Sequeiro, São Domingos, Rui Vaz, Barragem de Poilão, Achada Bel-Bel, Barragem de Figueira Gorda e as Ribeiras de Flamengos e São Miguel.
A equipa constatou que, em algumas localidades, “o feijão sapatinha já se encontra na fase de florificação e os feijões de ciclo longo encontram-se na fase de ramificação”.
Em relação ao milho, e graças à queda da última chuva, “o aspeto vegetativo afigura-se bom e o pasto para os animais já se encontra na fase de florificação”.
Em 2017, Cabo Verde atravessou um dos piores períodos de seca dos últimos anos, com milhares de famílias atingidas e o ano agrícola perdido.
Por esta razão, e na ausência de sementes de 2017 para plantar em 2018, o Governo atribuiu este ano aos agricultores mais carenciados sementes para o atual ano agrícola.
Nas últimas semanas, Cabo Verde tem registado períodos pontuais de chuva, com a população, e principalmente os agricultores e criadores de gado, a aguardar por mais precipitação.
LUSA