PUB

Sociedade

Representes da campanha “Menos Álcool, Mais Vida” querem tolerância zero para condutores profissionais

O coordenador da campanha presidencial “Menos Álcool, Mais Vida”, num pedido de “socorro” ao presidente da Assembleia Nacional solicitou ajuda para aprovação de uma legislação cuja tolerância deve ser zero para condutores profissionais e de veículos de pesados.

Manuel Faustino fez essa solicitação durante um encontro que o grupo da campanha presidencial manteve na tarde de quinta-feiracom o presidente da Assembleia Nacional e parlamentares para apresentar alguns itens a serem alterados na proposta de lei do álcool a subir ao parlamento ainda este ano, segundo Jorge Santos.

Uma das alterações com maior peso, segundo o grupo da campanha “Menos Álcool, Mais Vida”, na exposição ao presidente da Assembleia Nacional, tem a ver com a proibição da entrada de menores de 18 anos em locais onde se vende bebidas alcoólicas, regulação das publicidades e tolerância zero para condutores profissionais, de veículos pesados e de cargas perigosas.

E após isso e para justificar o pedido de socorro, Manuel Faustino, descreveu a situação a nível do alcoolismo no país como de muito “preocupante” visto que o primeiro estudo sobre o alcoolismo em nada reverteu, tendo até descido a taxa do primeiro contacto com bebidas alcoólicas dos 12 para 07 anos.

Além do problema de saúde que o alcoolismo pode resultar para o consumidor, o coordenador da campanha presidencial disse ainda que as substâncias utilizadas para fazer o álcool, entre os quais o grogue, são responsáveis por mais de duzentas enfermidades que vai matando as pessoas.

Não querendo mostrar o desespero que a vida do alcoolismo pode causar a uma pessoa, família ou país, Manuel Faustino preferiu perspectivar a “esperança” que os parlamentares podem dar a este arquipélago ao aprovar a Lei do Álcool.

“A verdade tem de ser enfrentada de frente e nós não podemos ficar tranquilos quando deparamos com dados que dizem que o nosso país em 2015 importou dois milhões e 500 mil contos de leite e gastou na importação de bebidas alcoólicas cerca de 5 milhões e 300 mil contos”, disse.

O presidente da Assembleia Nacional, após auscultar a mensagem do grupo da campanha “Menos Álcool, Mais Vida”, manifestou o seu total apoio e prometeu tudo fazer para que a lei seja aprovada na Assembleia.

“Estou a querer que o alcoolismo hoje é algo que chama a atenção e interpela a todos os cabo-verdianos, de Santo Antão a Brava, os parlamentares, mas também as entidades nacionais. O alcoolismo é a causa de muitos males no país”, observou.

A Assembleia Nacional, realçou, é responsável pela criação da legislação com o objectivo de proteger os que consumem, mas também de regular a produção de bebidas.

Neste domínio, disse estar em querer que o debate da Lei de Álcool vai ser “muito bem preparado”, por forma a permitir que o país consiga ter uma lei que controla e fiscaliza a produção e o consumo do álcool.

Participou no encontro o representante da Organização Mundial da Saúde em Cabo Verde, Mariano Salazar Castellón, que falou sobre o alcoolismo e deixou algumas recomendações.

Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top