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Política

Academia do MpD debate a problemática do emprego com os universitários

A Academia do MpD promoveu tarde de ontem uma conferência sobre o lema “Reinventando a reflexão sobre o Emprego em Cabo Verde”, na Escola de Negócios e Governação, onde procurou se inteirar da preocupação dos universitários sobre a problemática do emprego.

O presidente da Académica do Movimento para a Democracia (MpD), Lourenço Lopes, explicou que esta preocupação se estende também às apreensões do partido que sustenta o poder sobre a política para áreas como o crescimento, a segurança, de entre outras, no quadro da sua acção do partido em escrutinar as pessoas sobre a governação.

Lourenço Lopes disse que o MpD tem na sua academia a responsabilidade e obrigação para com a democracia e com o desenvolvimento, de forma a sentir o pulsar do país, relativamente as várias temáticas da governação, para, “com humildade, ajustar e corrigir lá onde for necessário”.

Afirmou que uma boa forma de governar passa, necessariamente, em ouvir as pessoas, para que as políticas públicas estejam sintonizadas com a situação socioeconómica do país e com as aspirações e desafios da economia e da própria sociedade cabo-verdiana.

Já o conferencista Nilton Paiva, presidente do Instituto Democracia e Desenvolvimento, falou do sistema educativo na problemática do emprego, tendo focado naquilo que a indústria e os empregadores esperam actualmente e no futuro breve da mão-de-obra.

Indagou se aquilo que se está a fazer não está a causar um desfasamento entre a procura e ao que a nova geração tenta formar-se para tentar adaptar-se às expectativas dos futuros empregadores.

Neste âmbito, debruçou-se sobre o conceito de salas de aulas do futuro, projecto lançado pelo Microsoft num formato de uma sala aberta, mas com funcionalidade completamente diferente das salas de aulas actuais, o que implica “o redesenho curricular e das profissões”, com o argumento de que, doravante, “há que treinar mais as pessoas para terem habilidades do que certificados”.

Já Eugénio Inocêncio, da Associação do Turismo de Santiago, considerou o emprego como a principal fonte de rendimento numa sociedade como a cabo-verdiana, pelo que entende o facto desta problemática estiver no centro das preocupações de toda a gente, quer seja do sector privado, quer do sector público ligado ao Estado.

Na sua palestra, expôs que o emprego em Cabo Verde, um arquipélago com ilhas diferentes e diferentemente povoadas, “é um regulador demográfico da maior importância em Cabo Verde”, ressalvando que em função, as pessoas movimentam de uma ilha para outra, com implicações importantes sobre o povoamento do arquipélago.

Moderada pela engenheira Loide Monteiro, a conferência teve ainda como orador Jailson Oliveira, que fez uma explanação do emprego ligado aos dividendos demográficos.

A iniciativa contou com o apoio político e institucional do secretariado-geral do Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Miguel Monteiro, no quadro de um ciclo de conferência e no âmbito do projecto “Realizar Cabo Verde”, iniciado em São Vicente, com a temática “Inclusão Social”, em São Vicente, procedido de “Juventude” em Santo Antão.

Lourenço Lopes anunciou a continuidade deste ciclo em Dezembro, na ilha do Sal, com o tema “Segurança”, de modo que até Junho a academia que dirige possa cobrir todas as ilhas e com várias temáticas.

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