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Sociedade

Movimento Eu por Elas, Elas Por Mim promove conversa aberta sobre o assédio para “quebrar o silêncio”

O Movimento Cívico e de advocacia pela igualdade de género “Eu por Elas, Elas Por Mim” promove hoje, na Cidade da Praia, uma conversa aberta sobre o assédio, sob o lema “Assédio não é conquista, é crime: conhecer para prevenir”.

De acordo com a organização, o evento está enquadrado nas celebrações do Dia Internacional pela Erradicação da Violência contra as Mulheres, assinalado este domingo, 25 de Novembro, e nos “16 Dias de Activismo em prol do fim da violência contra mulheres e meninas”.

A conversa aberta está marcada para as 11:00 na Universidade Jean Piaget e terá como oradores a psicóloga Dirce Varela para falar da vertente social e psicologia e o procurador da República, Vital Moeda para abordar a vertente jurídico legal do fenómeno.

A líder o Movimento Cívico, Natacha Magalhães, adiantou em declarações à Inforpress, que o objectivo é aproveitar a ocasião para falar deste tema pouco abordado na sociedade cabo-verdiana e demonstrar, sobretudo às jovens, as fronteiras da “conquista e do assédio”, bem como apresentar o enquadramento legal do crime e os mecanismos legais para as vítimas deste crime.

“Fomos ver as estatísticas de crimes de natureza sexual e notamos que o assédio não tem muita expressão no rol das denúncias, mas isto não significa que o assédio não seja pratica aqui no posso país. O problema é que sendo um tema tabu e muitas vezes difícil de provar, as vítimas acabam por ficar no silêncio, permitindo que assediador continue com esta pratica”, disse.

Por isso o objectivo do Movimento Cívico e de advocacia pela igualdade de género “Eu por Elas, Elas Por Mim é de despertar as pessoas para esse assunto e romper com esse silêncio e falsa de informação que muitas vezes levam as mulheres a confundirem o assédio com a conquista.

“Portanto é explicar quais são os limites de um e do outro também aos jovens, pôr as universitárias a falarem deste tema que ainda é tabu”, disse indicando que encontro similar será realizado também na Universidade de Cabo Verde na quarta-feira, 28.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os danos à saúde das mulheres que sofrem assédio sexual são devastadores.

“Vítimas de assédio sexual sofre de sintomas psicológicos como sentirem-se frágeis, culpadas, sofrerem de insónia, tensão, raiva e depressão, assim como sintomas biológicos como dores de cabeça, dores musculares, ânsia e vômito, pressão alta, mudança de peso e fadiga”, esclarece a OIT.

Além disso, o assédio sexual pode ocasionar a perda do emprego, tendo em vista que na maioria das vezes as mulheres se vêm forçadas a se demitirem.

Inforpress

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