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Política

PP diz que Governo vai usar o “Casa para Todos” como cavalo de batalha para as eleições autárquicas

Esta é uma das conclusões saídas da reunião quinzenal da Direcção Nacional do PP que, entre outros temas, abordou o pagamento das taxas moderadoras nos serviços de saúde, o Orçamento de Estado (OE) 2019 e ainda o embargo das obras na praça do Palmarejo, na Cidade da Praia.

À imprensa, o porta-voz e vice-presidente do PP, Felisberto Semedo, afirmou que já passaram dois anos e meio de mandato deste Governo, mas somente agora que a ministra das Infraestruturas anunciou que vai passar mais de 700 casas para a gestão das câmaras municipais.

A seu ver trata-se de uma iniciativa tardia que faz o partido chegar à conclusão de que é um cavalo de batalha para as eleições de 2020.

“É tarde demais, do nosso ponto de vista, porque temos pessoas que já estão há muito tempo à espera das casas para morar. Isso apenas é um cavalo de batalha para as eleições de 2020”, criticou Felisberto Semedo.

A mesma fonte lembrou que para erguer o projecto Casa para Todos foram investidos cerca de 22 milhões de contos, frutos de um empréstimo contraído pelo governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) junto à banca portuguesa.

Mas, neste momento, depara-se com pessoas a procurar habitação para morar, há pessoas a morar em casas sem tecto e outras debaixo de tectos que estão prestes a cair.

Por isso, o vice-presidente do PP questionou quem vai assumir essa responsabilidade, para depois concluir que “quem vai pagar são os contribuintes”.

O mesmo defendeu que “deveria haver um critério para que quem tem baixa renda, quem não tem habitação ou quem vive debaixo de um tecto prestes a cair fosse vinculado ao programa”.

O Partido Popular também desmentiu o presidente do conselho de administração do Hospital Agostinho Neto, Júlio Andrade, por este ter dito que “em alguns caos há isenção do pagamento das taxas moderadoras nos serviços de saúde.”

Neste particular, o PP trouxe como exemplo o caso da paciente oncológica da ilha do Fogo Aida Gonçalves que, segundo Felisberto Semedo, está a pagar a taxa moderadora para prosseguir o seu tratamento.

“Ela está aqui com um pedido de exame que tem um custo e ela não tem nenhum rendimento. Retirou um seio, devido à doença, e vive numa situação precária na cidade da Praia, sem recursos para se deslocar e fazer consultas”, denunciou, prometendo continuar a acompanhar o caso da Aida e de outros pacientes que “estão na mesma situação”.

Ainda na área da saúde o Partido Popular também deu “um cartão vermelho” ao ministro da tutela, Arlindo do Rosário, que “deixou que médicos anestesistas do Hospital Baptista de Sousa em São Vicente fossem para a reforma sem se precaver para substituir esses profissionais”.

Como consequência, ajuntou o político, vários pacientes foram evacuados para a cidade da Praia para fazer cirurgias, pelo que considerou ser “um descaso do ministro da saúde”.

O Orçamento de Estado para 2019 também foi analisado pelos populares, para quem o instrumento de gestão do Governo “não satisfaz”.

De acordo com Felisberto Semedo, o OE 2019 “não trouxe ganhos nem para o ensino nem na área social, porque o primeiro-ministro tinha prometido que ia aumentar a pensão social para 7500 escudos, mas só a aumentou para seis mil escudos”.

Quanto ao embargo das obras na praça do Palmarejo o partido garantiu que após ganhar a providência cautelar vai submeter, dentro do prazo de 30 dias a acção principal.

Reiterou, igualmente, o compromisso de “lutar até a última instância para defender os moradores de Palmarejo.”

Inforpress

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