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Economia

Fazenda do Camarão coloca no mercado pela primeira vez lote de três toneladas de camarão

A Fazenda do Camarão deve colocar no mercado, na próxima semana, e “pela primeira vez na história de Cabo Verde”, um lote de cerca de três toneladas de camarão fresco do Calhau, anunciou o administrador Carlos Santos.

Antes, segundo o responsável, já este fim-de-semana, será feita, em São Vicente, uma degustação do produto, apresentado de diversas formas, em parceria com um restaurante local.

“Vamos colocar no mercado na próxima semana, pela primeira vez na história de Cabo Verde, um camarão fresco do Calhau e as pessoas vão ver a diferença entre um camarão orgânico, fresco, produzido com uma água completamente limpa, do meio do oceano, em comparação com os produtos que são importados, muitas vezes não respeitando as melhores práticas de produção”, concretizou Carlos Santos.

A mesma fonte explicou que neste momento a empresa consegue comercializar ”apenas cerca de três toneladas de camarão” devido às dificuldades que enfrenta, ou seja, falta de transporte aéreo de carga São Vicente/Lisboa/São Vicente para fazer chegar a matéria-prima ao centro de produção do Calhau.

“Temos uma próxima produção, que só sairá no mês de Março, porque foram necessárias oito semanas para conseguir importar de novo as pós-larvas e trazer para São Vicente”, precisou o administrador da Fazenda do Camarão.

O produto que chega na próxima semana ao mercado cabo-verdiano resulta, segundo a mesma fonte, de um lote de pós-larvas importado de Miami (EUA), no passado mês de Agosto.

As pós-larvas chegaram com menos de um centímetro de comprimento e, cerca de quatro meses depois, serão colocados no mercado com o comprimento médio de 15 centímetros e o peso aproximado de 13 gramas.

Na terça-feira, 04, em declarações à imprensa, o administrador da empresa Fazenda do Camarão, sediada no Calhau, São Vicente, queixou-se da ausência de transporte de carga aérea São Vicente-Lisboa-São Vicente que, considerou, está a estrangular o investimento que, por isso, foi “reprogramado e redimensionado”.

Carlos Santos falava aos jornalistas minutos após receber, no local, a visita da presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, indicando que os prejuízos acumulados desde o início da operacionalização do projecto já ultrapassam os seis mil contos.

Actualmente, a empresa garante 12 empregos directos ligados à produção, ao invés dos 80 empregos previstos, pois, apesar de ter uma área de 20 hectares (que dava para 20 campos de futebol) pronta para funcionamento, desses só tem em operação 1,5 hectares.

A Fazenda do Camarão é um investimento de 600 mil contos destinada à produção de 250 a 350 toneladas/ano de camarão marinho, em dez viveiros e numa área total de cerca de 28 hectares.

O projecto envolve uma diversidade de investidores/parceiros e uma composição técnica que envolve administradores do Brasil, do Uruguai e de Portugal e o gestor técnico, de Cabo Verde.

Quanto à composição dos investidores, estes são oriundos da Inglaterra, Brasil, Cabo Verde, Governo Holandês e Austrália.

Inforpress

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