PUB

Política

PR destaca nível de integração da comunidade cabo-verdiana na Holanda e amizade entre os dois países

O Presidente da República destacou hoje os laços históricos que unem Cabo Verde e Holanda e afirmou que apesar das diferenças culturais existentes, a comunidade cabo-verdiana está bem integrada e tem contribuído no desenvolvimento dos dois países.

Jorge Carlos Fonseca, que iniciou hoje uma visita de Estado à Holanda, fez estas declarações quando proferia uma aula na Universidade de Amesterdão, sobre “O desenvolvimento económico em Cabo Verde” tendo durante a sua intervenção destacado o percurso político do país, o estado económico e social das ilhas e aspectos ligados às relações internacionais.

Abordando o nível de relacionamento entre os dois países lembrou que os laços de amizade com a Holanda vêm de longa data, com a chegada de cabo-verdianos no início dos anos 60 para exercerem actividades marítimas.

Essa centralidade das actividades marítimas na vida laboral dos cabo-verdianos, segundo o chefe de Estado, fez-se notar até no modo como eles se distribuíram geograficamente pela cidade, com uma sobre concentração em áreas próximas do porto, em particular em Roterdão.

Hoje, sublinhou Jorge Carlos Fonseca, os cabo-verdianos imigrantes ou descendentes na Holanda inserem-se numa grande diversidade de sectores laborais, desempenhando profissões várias, com destaque para os vários casos de sucesso.

“Os cabo-verdianos ou descendentes têm desempenhando profissões várias, sendo de realçar os vários casos de sucesso, de imigrantes que se tornaram empresários, de imigrantes que investiram na educação e rentabilizaram depois o capital humano obtido e de segundas gerações plenamente integradas na sociedade de acolhimento e continuam a manter relações muito estreitas com a terra-mãe”, frisou.

Não é por acaso, ressaltou o Presidente da República, que a temática da emigração cabo-verdiana para a Holanda esteja bem presente no imaginário das pessoas e que a música cabo-verdiana, sejam as composições, estão impregnadas da palavra Holanda, num gesto de reconhecimento e divulgação das vantagens da emigração.

Apontou a música cabo-verdiana que se tornou a música étnica nos últimos anos, como um dos símbolos identitários da nação cabo-verdiana, em Cabo Verde e nos países de acolhimento, lembrando o contributo de Cesária Évora, na internacionalização da língua e cultura cabo-verdiana e que foi na Holanda que foi concebido o primeiro disco vinil “Cabo-verdianos na Holanda”.

E volvidos mais de 60 anos de relacionamento humano exemplar entre os dois povos, apesar das diferenças culturais existentes, o facto é que, ajuntou Jorge Carlos Fonseca, a comunidade que vive e trabalha na Holanda se encontra perfeitamente integrada e vem contribuindo, pelo seu trabalho abnegado e de forma digna, para o desenvolvimento dos nossos dois países.

O chefe de Estado sublinhou, por outro lado, o nível de parceria de uma década entre Cabo Verde e a União Europeia que constitui um “instrumento inovador” de cooperação, baseado no diálogo político, ultrapassando a mera relação de doador-beneficiário, e aberta à participação da sociedade civil e dos sectores privados.

O Presidente da República faz-se acompanhar de uma delegação ministerial e de representantes do Governo de Cabo Verde, que participam, hoje e terça-feira, em vários encontros com seus homólogos holandeses.

Nesta segunda-feira, o Presidente cabo-verdiano e a mulher, Lígia Fonseca, visitaram o Museu Van Gogh de Amesterdão, acompanhados pelo director, Axel Ruger, e por Willem Van Gogh, o bisneto do irmão do pintor, Theo van Gogh, e participaram numa mesa redonda, no Museu Marítimo Internacional.

No segundo dia desta visita, Jorge Carlos Fonseca encontra-se com os presidentes do Senado dos Estados General e da Câmara dos Representantes dos Estados General, efectuará uma visita ao Tribunal Internacional de Justiça e ao Tribunal Penal Internacional, antes de ser recebido pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

O Presidente cabo-verdiano visitará também o World Port Center, em Roterdão, onde terá a oportunidade de conhecer alguns aspectos da parceria e do trabalho realizado pelas polícias holandesa e cabo-verdiana no combate ao crime e irá também encontrar-se com elementos da polícia holandesa de origem cabo-verdiana e visitará os serviços de controlo de emergência.

Jorge Carlos Fonseca e o rei da Holanda terão, depois, um encontro com representantes de associações cabo-verdianas no Estádio Sparte de Roterdão e visitarão uma escola de futebol, antes de um encontro com representantes da primeira geração de emigrantes cabo-verdianos na Holanda, bem como um grupo de empresários cabo-verdianos estabelecidos neste país.

A visita do chefe de Estado termina com a sua participação num espectáculo com a presença de artistas cabo-verdianos, no Cruiseterminal (Terminal de Cruzeiros), nesta mesma cidade.

Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top