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Política

Governo vê com “grande naturalidade” qualquer expressão de manifesto popular – ministro de Estado

Fernando Elísio Freire fez estas declarações em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, nas vésperas de uma “marcha de indignação”, em São Vicente, para exigir a reposição dos voos da TACV para esta ilha, a ser promovida no domingo, pelo movimento Sokols 2017.

Neste encontro, em que os jornalistas não tiveram direito a perguntas, o ministro lembrou que a liberdade de realização de manifestações é um “ganho da democracia”, consagrado na Constituição desde 1992, e que a estabilidade do país é uma responsabilidade que cabe ao Governo, aos actores políticos, às instituições, mas também aos os cidadãos.

Segundo avançou, o desenvolvimento das ilhas, particularmente de São Vicente, não pode ser encarado nunca como uma luta contra as outras ilhas, muito menos com o propósito de criação de caos no sistema político como em alguns sectores, abordagens e barreiras que, no seu entender, não trazem ganhos para o país nem para a ilha.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros assegurou que o Governo está a trabalhar para transformar a “ilha do Monte Cara” numa referência do turismo, da economia marítima e da actividade industrial, e está engajado em atrair investimentos privados para a ilha e na facilitação do acesso de investidores nacionais a financiamento de grandes projectos, nomeadamente no sector do turismo.

“Na estratégia de desenvolvimento das ilhas, a conectividade e os transportes são uma prioridade absoluta, Mais do que a focalização numa companhia, o fundamental é assegurar que as ilhas posam ter ligações marítimas e aéreas regulares, seguras e acessíveis para unificar o mercado nacional e ligar com o mundo. Importa-se, pois, separar o essencial do acessório”, ressalvou.

Na ocasião, lembrou que o Governo encontrou a companhia de bandeira nacional num estado “lastimável de pré-liquidação, sem aviões, sem crédito e sob iminência de encerramento das operações, resultante da politização de decisões de gestão, e da falta de coragem do Governo anterior que não teve a coragem de reestruturar a empresa e assumir os custos políticos dessa medida e problemas estruturais como a pequena dimensão e fragmentação do mercado”.

Perante essa situação, assegurou que o executivo de Ulisses Correia e Silva decidiu seguir levar adiante e seguir com o processo de reestruturação e privatização da empresa e assumir todos os custos políticos dessa decisão.

Para finalizar, sublinhou que as melhores decisões não são tomadas através de pressão política, sobretudo num sector sensível como os transportes aéreos, numa empresa que está a sair do estado de “coma” e num país que precisa reduzir o risco soberano e aumentar a confiança junto do mercado, das instituições financeiras e dos parceiros internacionais.

O movimento Sokols 2017 promove este domingo, uma “marcha de indignação” , em São Vicente, para exigir a reposição dos voos da TACV para esta ilha e diz esperar que o primeiro-ministro dê uma “resposta célere” que, não havendo, poderá “trazer consequências”.

A manifestação, que terá como destino o Aeroporto Internacional Cesária Évora, tem concentração pelas 10:00 na Praça Estrela, com o início por volta das 11: 00, em que, conforme a organização, dar-se-á a partida da caravana composta por três autocarros e ainda com a colaboração de minibus e carros dos manifestantes para o transporte das pessoas.

O Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS, sem assento parlamentar) já manifestou o seu “total apoio” à marcha agendada pelo movimento cívico Sokols 2017.

Inforpress

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