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Economia

Estudo confirma que cerca de 98% da agricultura praticada em Cabo Verde é de base familiar

O estudo de caracterização da agricultura familiar confirma que cerca de 98% da agricultura praticada em Cabo Verde é de base familiar, com os recursos humanos e materiais, avançou ontem à Inforpress o investigador Vladimir Ferreira.

O docente e investigador Vladimir Ferreira, que participou nos dias 10 e 11 de Dezembro, na qualidade de membro da equipa de acompanhamento, no Seminário de Apresentação dos Dados Preliminares do “Estudo de Caracterização da Agricultura Familiar nos Países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ”, que decorreu em Lisboa, Portugal, disse que o referido estudo já está concluído e a até 31 de Dezembro a versão final será entregue a FAO.

Conforme explicou, o encontro serviu para fornecer subsídios para a caracterização da agricultura familiar em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Vladimir Ferreira revelou que durante a reunião foram analisadas e comparadas as particularidades e especificidades da agricultura familiar e os dados e resultados de cada país da CPLP, tendo sublinhado que a nível nacional o estudo confirma que praticamente a esmagadora maioria da agricultura praticada em Cabo Verde é a familiar.

A agricultura é uma importante fonte de rendimento de grande parte das famílias cabo-verdiana, daí na opinião deste responsável a importância desse estudo, visando a caracterização dos vários segmentos da agricultura em Cabo Verde e a adopção de políticas públicas diferenciadas.

“A agricultura familiar é um conceito que congrega toda a nossa agricultura, não é um conceito que diferencie. Portanto, os próximos passos que Cabo Verde deve dar deverá ser em termos de estudos de conhecimento da diversidade existente dentro da própria agricultura familiar”, disse, lembrando que o sistema de regadio e de sequeiro são as duas vertentes da agricultura que predominam no arquipélago.

Apontou, por outro lado, a necessidade de futuramente haver mais estudos, tanto na área de regadio quanto na do sequeiro, para que Cabo Verde possa atingir um nível de investigação que permita caracterizar e detalhar as várias subcategorias de agricultura existente em cabo Verde.

“Esse estudo é limitado e não vai responder tudo o que diz respeito à agricultura familiar, mas será um primeiro passo para que no futuro próximo, quer a FAO quer o Ministério da Agricultura e instituições que estão ligadas ao fomento da investigação, possam conseguir fazer a caracterização da agricultura existente no país”, asseverou.

O referido estudo está a ser desenvolvido no âmbito do Projecto de Cooperação Sul-Sul Trilateral Brasil-FAO “Intercâmbio de experiências e diálogos sobre políticas públicas para a agricultura familiar na África” e tem como objectivo fornecer subsídios para a caracterização da agricultura familiar e para a produção de conhecimento que permite reconhecer a sua importância em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O estudo será publicado e apresentado no decorrer do próximo ano, em data e local e ser definido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Inforpress

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