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Economia

Alienação de acções no BCA: STIF diz-se atento para salvaguardar os direitos dos trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Financeiras (STIF), Aníbal Borges, garantiu hoje que vai acompanhar com atenção o processo de alienação da participação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no BCA, de forma a salvaguardar dos direitos dos trabalhadores.

Em declarações à Inforpress, Anibal Borges disse que há já algum tempo que o sindicato já sabia dessa decisão do CGD de vendar as suas acções no Banco Comercial do Atlântico (BCA) em detrimento do Banco Interatlantico, pelo que o anuncio de sexta-feira feita na Cidade da Praia pelo presidente do Comissão Executiva da CGD, Paulo Macedo, não o pegou de surpresa.

“Esse encontro que houve entre o presidente da Comissão Executiva da CGD com o Governo e com o Banco de Cabo Verde consistiu em oficialização da decisão. A partir desse momento, agora vamos encetar os contactos com o Governo e com BCV para acompanharmos o processo porque temos interesse a defender”, indicou.

Para além de garantiu a manutenção dos postos de trabalho aos funcionários que trabalhadores que ainda estão no activo, Anibal Borges fala também em assegurar a continuidade do fundo de pensões dos trabalhadores e assistência médica daqueles que fazem parte do fundo privativo.

“Vamos estar muito atentos e acompanhar o processo, de forma a salvaguardar os direitos dos trabalhadores porque sabemos que num processo do tipo, normalmente, os interesses dos trabalhadores não são totalmente acautelados pelos donos da empresa. Por isso é responsabilidade do sindicato zelar para isso”, disse.

O BCA tem neste momento cerca de 420 trabalhadores no activo. Na passada sexta-feira, o presidente da Comissão Executiva da CGD, Paulo Macedo, veio à Cidade da Praia para dar a conhecer ao Governo e ao Banco Central a decisão do grupo de vendar as suas acções no BCA, em detrimento da sua manutenção no BI, onde detém 70% do capital.

Paulo Macedo justificou a saída do BCA em detrimento do BI com o facto de o Interatlântico ser um banco de empresas.

“O nosso entendimento é que o BCA é um banco pujante, virado para generalidade da economia cabo-verdiana. É um banco mais virado para dentro, enquanto o Banco Interatlântico é um banco de empresas que nós queremos que seja cada vez mais virado para fora”, disse Paulo Macedo.

O capital social do BCA ascende a 1.324 milhões e 765 mil escudos e conforme o relatório de 2017 o agrupamento CGD/Interatlântico tem um total de 52,65% do capital, para além de mais que a CGD tem sozinha. A parte restante do capital é subdividido pelo INPS, com 12,54%, pela Garantia, com 5,76%, a ASA 2,17%, os trabalhadores 2,07% e outros accionistas 18,05%.

Inforpress

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