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Política

JHA considera mensagem de Natal do PM “sem alma e que não transmite esperança”

A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, Oposição), Janira Hopffer Almada, considerou hoje que o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, dirigiu à Nação uma mensagem de Natal “sem alma e que não transmite a esperança.”

Através de uma nota enviada à Inforpress, a líder do maior partido da oposição defendeu que não poderia ser diferente, pois, segundo a mesma, o primeiro-ministro tem “clara consciência que o ano de 2018 não foi um ano fácil para os cabo-verdianos” e também tem consciência que “o país não só não está melhor”, como “piorou nestes quase três anos da sua governação”.

Segundo Janira Hopffer Almada, Ulisses Correia e Silva continua “a escudar-se na herança da Governação anterior”, para tentar justificar “a falta de resultados da sua governação”.

“É preciso dizer ao primeiro-ministro de Cabo Verde que ele recebeu uma Boa Herança”, refere em nota a presidente do PAICV.
Conforme Janira Hopffer Almada, Ulisses Correia e Silva recebeu “um país infraestruturado e com credibilidade, que pagou, até o ultimo dia, os salários (sem rupturas) e honrou todos os seus compromissos.

A líder do maior partido da oposição recorda que o primeiro-ministro herdou ainda o “segundo país melhor governado em África, que conseguiu cumprir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, com um forte programa de combate à pobreza e com as desigualdades sociais a diminuírem e ainda um país com fortes investimentos na saúde, e com a maior taxa bruta de escolarização no ensino superior no continente”.

“O problema não é a herança. O problema é que Ulisses Correia e Silva não está a saber gerir a herança, optando sempre pelo desmantelamento, como aconteceu, por exemplo, com o programa Casa para Todos”, justificou a presidente do PAICV.

No mesmo documento, a líder do PAICV considera que 2018 foi um “ano difícil para as famílias, com a sua vida a piorar, com o aumento do custo de vida, com o aumento dos preços dos bens e serviços essenciais como a água, a luz, o gás, o combustível e os transportes, sem ter havido reposição do poder de compra, pela via do aumento salarial e do aumento dos rendimentos”.

“Por isso mesmo, Cabo Verde já perdeu duas posições no Índice de Desenvolvimento Humano,” criticou a responsável, para quem 2018 foi um ano também difícil para os jovens, que passaram a ter menos oportunidades de ensino, com a redução das bolsas de estudo e dos apoios socioeducativos, e com mais 6 mil pessoas no desemprego.

A mesma dificuldade, segunda presidente do PAICV, foi sentida pelas empresas que “continuaram a debater-se com o problema do financiamento, cada vez mais difícil de resolver”.
Isto porque, acrescentou, o Estado passou a ser um forte concorrente dos privados, no acesso ao crédito, optando, muitas vezes, pelo endividamento interno.

Isto, segundo a mesma fonte, está claramente reflectido nos dados do Doing Business, que confirmam a queda de Cabo Verde em duas posições.

Ainda segundo a líder do PAICV, para o ano de 2019, apesar das “múltiplas promessas do primeiro-ministro, o penúltimo orçamento de Estado do seu mandato já foi aprovado, mas “tal não resolve os problemas do país e não responde das expectativas dos cabo-verdianos”.

Inforpress

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