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Política

PM endereçou uma mensagem positivista, mas esqueceu-se que está a governar há 2 anos e 9 meses – UCID

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) considerou que o primeiro-ministro endereçou uma mensagem de Natal positivista, ma Ulisses Correia e Silva esqueceu-se que está a governar há dois anos e nove meses.

Segundo António Monteiro, que reagia à mensagem do chefe do Governo aos cabo-verdianos, “tirando a positividade e colocando os pés no chão”, vê-se que o primeiro-ministro ainda continua a responsabilizar o Governo anterior pelos insucessos na governação do país.

“Temos que ver que nestes dois anos e nove meses, as coisas, infelizmente, não estão a ser realizadas da forma como ele prometeu por altura da campanha eleitoral. Na altura, o actual primeiro-ministro dizia que tinha as soluções, os dossiês todos elaborados e bem estudados, que as soluções estavam patentes e que logo no dia a seguir da entrada na governação, iria implementar estas mesmas soluções”, lembrou à Inforpress o líder do partido da oposição.

António Monteiro diz estranhar porque é que nestes dois anos e nove meses, o primeiro-ministro continue ainda “a refugiar-se na má governação do PAICV para justificar a sua ineficiência.”

A mesma fonte não coloca fé nas palavras do primeiro-ministro quando este diz que 2019 irá ser um ano para que a juventude possa ter emprego, para que a economia cresça de forma mais sólida.

É que segundo Monteiro as medidas anunciadas por Ulisses Correia e Silva para o Orçamento de 2019, para a alavancagem do desenvolvimento económico, para o crescimento do emprego e para uma maior dinamização do empreendedorismo jovem já constavam do OE 2018 e nem 10% foi concretizado.

“Aqui para dizer que mais uma vez fala-se, escreve-se, mas na prática as coisas não acontecem,” criticou, lembrando que o primeiro-ministro disse durante as campanhas e debates televisivos que tinha a solução para os TACV.

“A UCID questiona o facto de terem retirado os TACV das linhas domésticas, porque achamos que foi uma má decisão. Nós, na altura da decisão, regozijamos com a separação dos TACV a nível internacional e com uma possível parceria com a companhia Icelandair. Mas, infelizmente, pelo andar da carruagem, pelo desenvolvimento do processo, neste momento temos alguma dúvida, na medida em que o que se tinha dito não é bem o que estará a acontecer”, acrescentou o líder da UCID, insurgindo-se contra a retirada dos voos internacionais dos aeroportos da Praia e São Vicente.

Apesar da mensagem positivista, António Monteiro considerou que “a realidade está um pouco distorcida” daquilo que o primeiro-ministro projecta em 2019.

O líder dos democratas cristãos defendeu que já era altura de ter mais postos de trabalho, uma economia a crescer de forma mais imponente para ultrapassar os 4% e a roçar os 7 %, que é a média que foi prometida durante a campanha eleitoral.

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