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Política

Privatização DA TACV: Hub do Sal descarta São Vicente e Praia

Não haverá vôos da TACV (Cabo Verde Airlines) para São Vicente e os para Praia, em vigor até Março, serão descontinuados com a privatização da empresa. A estratégia do hub do Sal será reforçada com o domínio da Icelandair na estrutura accionista da nova companhia aérea, ficando o mercado aberto para possíveis interessados em operar a partir dos aeroportos internacionais “Cesária Évora” e “Nelson Mandela”.

A manifestação do Sokols realizada no domingo, para exigir a reposição dos voos da TACV a partir do Aeroporto Internacional Cesária Évora (AICE), pode não surtir o efeito desejado. A NAÇÃO sabe que a decisão está tomada e que a Cabo Verde Airlines, depois de privatizada, não efetuará voos de e para São Vicente. O entendimento do parceiro do governo é que o negócio não é financeiramente viável.

Por ora, a estratégia do governo é “aguentar” e adiar por mais alguns dias o ónus da decisão de não voar para Praia e São Vicente aos futuros donos da TACV, na expectativa de que deixe de ser politicamente responsável pela futura decisão. Supostamente, neste novo quadro, o discurso do edil Augusto Neves, a cobrar “política” ao governo, deixará de fazer sentido.

O mesmo deverá acontecer em relação do Aeroporto Internacional Nelson Mandela, cujos os quatros voos, que foram repostos em meados deste ano, deverão ser descontinuados depois de Março do próximo ano.

Segundo uma fonte bem posicionada, se o Governo ceder a pressões da rua e decidir tomar uma decisão política no sentido de manter os voos para Praia e retomar as operações da TACV para São Vicente, “terá que arranjar aviões adequados para operar nessas rotas”. “A Icelandair é que não o vai fazer”, garantiu a fonte deste jornal.

Outros aviões

De recordar que, no quadro da privatização da TACV, o Governo vai disponibilizar cinco Boeings para garantir a operacionalidade dessa companhia, ao contrário daquilo que tinha sido prometido inicialmente, ou seja, a disponibilização de 11 aviões por parte do parceiro Icelandair. E os aviões a serem disponibilizados serão do tipo Boeing 757 e 767, que não são os mais adequados para pistas com dimensões reduzidas como as dos aeroportos de São Vicente e da Praia. 

Entretanto, o nosso interlocutor considera que o mercado regional e internacional da Praia “é muito apetecível” e que várias companhias interessadas nessa rota e eventualmente na de São Vicente. Para além da TAP, SATA e Air Marroc, que já operam com regularidade para Cabo Verde, a Ski, Air Senegal, Air Ivoirense e a Ethiopian Airlines, que estão a fazer uma forte investida na região da África Ocidental, estarão interessadas em operar fora do quadro do hub do Sal.

 

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