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Sociedade

Para resistir e sobreviver aos tempos difíceis: A NAÇÃO aumenta preço de capa

jornal A NAÇÃO passará a custar, a partir do seu próximo número, do dia 3 de Janeiro do novo ano, 200 escudos.

Este aumento de cem por cento, em 11 anos de existência deste semanário, é adoptado depois de muita ponderação.

Ele surge, como é de todos sabido, num contexto extremamente difícil, em que todos os custos da nossa cadeia de produção não param de aumentar, com o agravante de haver cada vez menos menos publicidade.

A isso junta-se o facto de o incentivo e outras medidas que o Estado concede à imprensa privada não terem sofrido a evolução positiva que o caso em si impunha para um melhor funcionamento do mercado, bem como do nosso sistema político e mediático.

O simples envio de jornais às ilhas a partir de Santiago, custa hoje muito mais caro do que há um ano. Por exemplo, deixou de existir a política de “porte pago”, como no passado recente.

Melhor sorte têm, ao que julgamos saber, a Comunicação Social do Estado. Em nome do “serviço público”, os três órgãos que compõem o sistema público de informação (RCV, TCV e Inforpress) não só recebem avultados recursos do Tesouro, como continuam a concorrer com os privados no exíguo mercado da publicidade. Deliberadamente, ou malevolamente, esquece-se que os privados, também eles, ainda que num outro quadro, prestam “serviço público”, escrevendo, alertando sobre os mais variados problemas e mazelas da nossa sociedade, celebrando os seus ganhos, criticando o que está mal, quando é caso disso.

Este aumento do preço de capa, o primeiro, como atrás dissemos, desde Setembro de 2007, data do aparecimento do primeiro número do A NAÇÃO, impõe-se, infelizmente, em nome da nossa sobrevivência. No nosso caso, estaria Cabo Verde, em particular a nossa Democracia, melhor sem o concurso deste Jornal? 

A nossa expectativa é que a resposta a essa pergunta ajude os nossos leitores a compreender as razões da nossa drástica decisão de aumentar o preço de capa, duplicando o seu custo. Sabendo o quão importante somos para si e para Cabo Verde, porque nas nossas páginas encontra muito daquilo que procura, em matéria de notícias, análises e de outros serviços, esperamos poder continuar a contar consigo, adquirindo o A NAÇÃO por 200 escudos a partir do próximo número.

Com 2018 a chegar ao fim, é tempo de celebrá-lo em crítica retrospectiva e prospectiva, como é do nosso timbre e tradição. Neste esforço damos primazia aos assuntos que foram tratados pelo A NAÇÃO ao longo destes 12 meses, 54 edições semanais.

Para o próximo ano, 2019, além de um jornal sempre abrangente, atento e crítico, vamos igualmente procurar garantir um diário “Online”, por sinal, dos mais lidos pelos cabo-verdianos.

Em suma, apesar das dificuldades, este é pois o momento de reafirmarmos e renovarmos o compromisso de melhoria permanente da nossa prestação, garantindo notícias credíveis e fiáveis, reportagens esclarecedoras, comentários e opiniões consistentes, de acordo com as exigências do sistema mediático nacional e global, sempre e em sintonia com o que os leitores esperam.

Acreditamos, outrossim, que com este esforço e empenho ganha Cabo Verde e os cabo-verdianos, numa palavra, a sociedade que pode continuar a ter um órgão de Imprensa que não cede a pressões, nem adere aos “fake news” ou se rende ao sensacionalismo. Ganha a Democracia esta manutenção, cada vez mais reforçada e baseada na convicção da ética e da deontologia, um Jornal que escrutina sempre a COISA e a CAUSA públicas.

Exercitando o crítico estatuto e papel de mediar a informação e, de uma perspectiva mais complexa, o A NAÇÃO conta apresentar aos leitores, anunciantes, colaboradores e aos demais interessados novos pacotes jornalísticos para o ano de 2019.

Por ora, e nesta ocasião festiva, formulamos a todos os votos de um Próspero Ano Novo.

A Direcção

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