PUB

Sociedade

Planalto Leste: situação da pecuária é alarmante – líder associativo

A situação do efectivo pecuário em Lagoa do Planalto Leste de Santo Antão é “alarmante”, sobretudo em relação a bovinos, cujo estado nutricional está a inquietar os criadores de gado, que clamam pelo “auxílio urgente” do Governo.

O alerta é do presidente da associação comunitária “Luz Viva” de Lagoa do Planalto Leste, Manuel Pinto, que informou que essa localidade enfrenta, nesta altura, uma “situação difícil” devido à seca que, nos últimos dois anos, tem assolado as populações, com efeitos negativos para a pecuária.

“A situação da pecuária em Lagoa é deveras alarmante. Há criadores em situação muito difícil sem formas de adquirir ração para o gado”, avançou o líder associativo, exortando o Governo e os municípios de Santo Antão a darem “mais atenção” a essa comunidade.

A Inforpress falou com alguns criadores que confirmaram ter já perdido animais (bovinos) devido a dificuldades na compra de ração.

Este fim-de-semana, o deputado nacional, Odailson Bandeira, eleito pelo círculo eleitoral de Santo Antão, de visita ao Planalto Leste, alertou para o “desalento” que caracteriza, nesta altura, várias localidades desse planalto, por causa de seca.

O parlamentar eleito pelo PAICV (oposição), chamou a atenção para a “situação difícil” reinante em zonas como Lagoa, Companhia, Ninho de Corvo e Martinho.

Já em Novembro, o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrata (UCID), António Monteiro, na sequência de uma visita à Lagoa do Planalto Leste de Santo Antão, pediu ao Governo para declarar essa localidade “zona de calamidade natural”, dada a situação de seca severa por que passam as populações.

A propósito, Manuel Pinto é de opinião que Lagoa do Planalto leste e arredores precisam de, pelo menos, “maior cobertura” por parte dos poderes, tendo em conta os dois anos de seca, que têm tido “impacto muito negativo” na pecuária e agricultura de sequeiro.

Porém, em Lagoa, graças a um projecto, financiado pelo Fundo do Ambiente, a associação tem em andamento, nesta altura, duas frentes de trabalho, empregando 45 chefes de família.

Já em Companhia, zona do Planalto Leste, também muito atingida pela seca, não há, neste momento, emprego público, o que complica ainda mais a situação das famílias, segundo Manuel Pinto.

No Planalto Norte do Porto Novo, outra zona muito castigada pela seca, os lideres associativos têm estado, igualmente, a pedir o apoio do Governo no salvamento do efectivo pecuário, havendo já casos de criadores que estão a desfazer, “ao desbarato”, dos seus animais, devido a dificuldades na aquisição de ração.

Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top