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Política

Forças Armadas: Presidente da República pede “vigilância e preparação” permanentes contra terrorismo

O Presidente da República solicitou na terça-feira (15), no Mindelo, “vigilância e preparação” permanentes das Força Armadas (FA) para prevenir, e “se necessário enfrentar”, a ameaça do terrorismo “geograficamente próxima”, referindo-se à sub-região africana de que Cabo Verde faz parte.

Ao discursar no acto que marcou, no Comando da 1ª Região Militar, em São Vicente, o 52º aniversário das FA, Jorge Carlos Fonseca deu conta do “terrorismo baseado em motivos políticos e inflacionados pelo fanatismo religioso” que “se espalhou” por todos os continentes, de uma forma directa ou indirecta, e chegou à sub-região africana.

Aqui, salientou o Chefe de Estado, com “acções bem planeadas e coordenadas”, tem “espalhado a morte e a instabilidade”, mesmo com poucos meios.

Daí que o Presidente da República tenha apontado ainda os tráficos de pessoas, armas e drogas e a pirataria marítima como “outros males presentes na sub-região”, e que requerem “redobrada atenção” e um “esforço de articulação permanente” com outras forças e serviços, para uma actuação “coordenada e atempada”.

Torna-se necessário, continuou, que o Estado disponibilize os meios necessários à execução das tarefas e missões, tanto no plano interno como a nível da Zona Económica Exclusiva, para além de “mais preparação” a nível técnico e psicológico e um “envolvimento permanente” das FA com os princípios do Estado constitucional.

“É tempo de começarmos a nossa cooperação militar com os países vizinhos da CEDEAO”, lançou Jorge Carlos Fonseca, para quem, se a participação conjunta com as FA dos Estados Unidos da América e de alguns países da União Europeia tem sido uma “realidade profícua”, o mesmo pode acontecer com as Forças Armadas “dos países amigos” com os quais o país divide o mar.

Na ocasião, o Presidente da República condecorou as Forças Armadas com a Primeira Classe da Medalha de Estrela de Honra, em reconhecimento do “contributo na melhoria das condições de vida da população, na defesa e segurança do país”, bem como “nas missões de busca e salvamento e outras realizações de interesse público”.

Condecoração que o chefe do Estado Maior das FA, Anildo Morais, agradeceu por se tratar, considerou, de uma decisão que “calou fundo” na instituição e que demonstra “a consideração” do Presidente da República e Comandante Supremo das FA pela instituição militar.

Anildo Morais congratulou-se ainda com o facto de Jorge Carlos Fonseca “estar atento” ao reconhecimento que as FA “tem merecido” dos cabo-verdianos.

“Os militares são também cidadãos atentos e saberão valorizar a distinção”, referiu, até porque, sustentou, Cabo Verde, “cada vez mais”, precisa das suas Forças Armadas com “capacidade de dissuasão e pronta-resposta”, e de sua tropa com “auto-estima elevada, honrada e respeitada”.

Durante o acto solene que marcou as celebrações do 52º aniversário das Forças Armadas, o chefe do Estado Maior condecorou dez militares com os três graus da Medalha de Comportamento Exemplar e outros 29 com os três graus da Medalha de Serviços Relevantes.

Após a cerimónia oficial, testemunhada, entre outros, pelo ministro da Defesa Nacional, Luís Filipe Tavares, e pelo presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, seguiu-se o desfile da força militar por algumas artérias da cidade do Mindelo. 

Fonte: Inforpress

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