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Cultura

Praia: Palácio da Cultura abre as portas a 11 “eróticos” de Tchalé Figueira

Depois da censura na Assembleia Nacional, no âmbito da exposição colectiva de artes plásticas do 13 de Julho, em que dois quadros de Tchalé Figueira foram retirados por alegadamente puderem ferir a susceptibilidade do público infanto-juvenil, eis que o Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Praia, abre agora as portas para mais “eróticos” do artista.

“Eros” é uma exposição toda ela erótica que reúne 11 quadros do autor foi inaugurada ontem e ficará em exposição até ao próximo dia 25 de Fevereiro.

Como adiantou ao A NAÇÃO o autor, a exposição chama-se ‘Eros, deus do amor’.

“Eu tenho muitos quadros de teor erótico e vou mostrá-los”.

O convite para expor surgiu do ministro Abraão Vicente, diante da conhecida controvérsia gerada em torno da retirada dos dois quadros, de Tchalé Figueira, da mostra montada no átrio da AN, alusiva ao 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia.

Recorde-se que a retirada dos quadros, inspirados num poema do espanhol Rafael Alberti, aconteceu no passado domingo, 13, depois de na sua inauguração de sexta-feira, 11, o Presidente da AN, Jorge Santos, ter tecido elogios aos referidos quadros, sem nunca demarcar-se do seu conteúdo plástico.

Pelo contrário, segundo Tchalé Figueira contou ao A NAÇÃO, Santos fez inclusive um discurso apologista dos quadros, dizendo que não via nada de mal neles, acrescentando que no Parlamento francês há também quadros “ousados”.

O certo é que dois dias depois da inauguração, os quadros foram retirados sem que ninguém tivesse sido previamente informado disso: nem o autor, nem a curadoria da exposição, a cargo de Manu Preto.

Aliás, só três dias depois da retirada das telas, que Tchalé considerou ser uma “acto grave de censura”. Só dias depois é que o autor recuperou as suas obras e uma delas foi inclusive arrebatada por um coleccionador privado.

Cada quadro estava estimado em três mil euros.

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