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Política

Cabo Verde defende combate a fenómenos como os ocorridos no Jamaica

“O que aconteceu não é totalmente novo, seja em Portugal ou noutras paragens. Há causas de ordem social, económica e cultural que favorecem este tipo de fenómenos, temos que os atacar a fundo”, disse à agência Lusa o chefe de Estado cabo-verdiano, à margem da conferência internacional “Cabo Verde e o Atlântico”, que decorre na Cidade Velha, ilha de Santiago.

Após a intervenção policial no bairro da Jamaica, no Seixal, no passado dia 20, têm ocorrido incidentes em vários bairros na periferia de Lisboa, como o lançamento de ‘cocktails molotov’, caixotes do lixo e um autocarro incendiado.

Enquanto chefe de Estado de Cabo Verde e presidente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Jorge Carlos Fonseca disse estar “a acompanhar o caso”, tendo trocado impressões com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o embaixador de Cabo Verde em Lisboa.

Estes contactos foram feitos “com um sentimento de tranquilidade e serenidade”, disse, afirmando que recebeu a garantia de que “os acontecimentos serão objeto de inquérito, de investigação por parte das autoridades portuguesas, nomeadamente do Ministério Público”.

O chefe de Estado cabo-verdiano defende “objetividade e serenidade” na avaliação destes acontecimentos.

“Como têm dito as autoridades portuguesas – seja o primeiro-ministro, seja o Presidente da República — o que poderá estar por detrás desses acontecimentos, o que poderá potenciar este tipo de fenómenos, está a ser objetivo de tratamento preventivo”, disse.

E prosseguiu: “O relacionamento que nós temos com Portugal, e na qualidade de presidente da CPLP, o que dizemos é que haja serenidade, objetividade e um inquérito e uma investigação sérios de forma a que, se houver responsabilidades, elas sejam assacadas e concretizadas”.

Apesar de a presença de cidadãos cabo-verdianos no bairro da Jamaica não ser significativa, Jorge Carlos Fonseca faz questão de acompanhar a situação.

“As responsabilidades devem ser apuradas e devemos acompanhar fenómenos destes e encontrar as soluções mais adequadas, mais sólidas e mais permanentes para esse tipo de fenómeno”, frisou.

LUSA

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