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Sociedade

9,5 toneladas de cocaína queimadas na lixeira da Praia

A Polícia Judiciária de Cabo Verde procedeu ao início da tarde deste sábado,2, à queima a céu aberto, dos 9, 570 kilogramas (9,5 ton) de cocaína apreendida na tarde de quinta-feira,31 Janeiro, na Praia, a bordo da embarcação ESER – de bandeira panamense.

Numa operação seguida à lupa pela Comunicação Social, e por cinco procuradores gerais da república, desde a sede da PJ até ao local da queima (a lixeira da Praia), o processo envolveu um forte dispositivo policial, militar e judicial. A interpol e a polícia francesa seguiram também a operação de perto.

Os 260 fardos de droga, embalados em sacos de serrapilheira e com a palavra Columbia marcada, encontravam-se dentro de um contentor na sede da PJ, na Achada Grande Frente, desde o dia da apreensão.

Depois da Comunicação Social ter confirmado o conteúdo do contentor, eram perto das 11h45 da manhã quando começaram as operações de colocação do contentor num camião. Uma operação díficil, dadas as dimensões escassas à entrada da PJ para movimentação dos camiões, incluindo uma grua.

Droga embarcada, o destino era a lixeira da Praia. Passavam 40 minutos do meio dia, quando o forte dispositivo de segurança se dirigiu então para o local da queima, uma viagem que demorou cerca de uma hora, tendo em conta a velocidade a que o camião contendo a droga seguia, acompanhado por um forte dispositivo de segurança, e várias viaturas com profissionais da PJ e outras autoridades, em fila.

Já na lixeira, sob o olhar atento de snipers (atiradores) espalhados por várias partes do local, o contentor foi novamente desembarcado, enquanto vários operacionais da PJ distribuíam máscaras pelos presentes, montavam o local da queima e instalavam uma balança de precisão, alimentada por um gerador.

Mais uma vez, sob o olhar atento dos cinco procuradores gerais e da comunicação social, os fardos começaram a ser retirados, para então serem pesados e sujeitos a testes, antes de serem queimados.

Eram 14h25 minutos quando a droga começou a ser queimada.  Para a queima, a polícia recorreu a combustível e à ajuda de pneus para “acelerar” o processo. Resultado: uma imensa nuvem negra de fumo tóxico que começou a alastrar-se no céu, visível inclusive pelos moradores do Palmarejo Grande.

No local, um dos responsáveis da PJ deixava escapar se já não era altura de Cabo Verde ter uma inceneradora para este tipo de produtos.

Enquanto decorria a queima da droga, os 11 detidos, todos de nacionalidade russa, começavam a ser ouvidos no Tribunal da Praia, onde foi montado em forte dispositivo policial. A operação deve estender-se pela noite adentro tendo em conta que se tratam de 11 indivíduos e toda a logística envolvente, incluindo tradutores.

Recorde-se que quinta-feira passada, 31 de Janeiro, alertada pela interpol, a PJ  apreendeu um navio mercante no Porto da Praia, de bandeira panamense, que tinha atracado de emergência dado um óbito a bordo.

Foram detidos 11 indivíduos, todos russos, incluindo o comandante e 260 fardos de cocaína. O navio vinha do Panamá e tinha como destino Tanger, Marrocos.

GC

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