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Política

“Existe falta de diálogo com a nossa juventude”: Jailson Lopes, membro da comissão permanente da JPAI

“Existe falta de diálogo com a nossa juventude” diz, Jailson Lopes, membro da Comissão permanente da JPAI. Este responsável foi o porta voz da declaração política de Ribeira Grande de Santiago, saída da reunião mensal daquela comissão. O encontro, para analisar e discutir a situação da juventude no país, aconteceu no passado fim-de-semana na Cidade Velha.

Segundo Jailson Lopes, porta-voz desse encontro, “o governo de Ulisses Correia e Silva continua sem colocar a juventude no centro das políticas públicas. Existe claramente uma falta de diálogo com a nossa juventude. Por isso reafirmamos que, tendo em conta a dimensão da juventude em termos percentual em todo país, deveria existir na actual orgânica do governo uma entidade claramente definida e com competências de conhecimento público para tutelar o sector da juventude e ser assim um interlocutor do mesmo”.

Este membro da comissão permanente da JPAI considera que habitação continua a ser a um dos maiores problemas dos jovens neste país. “Actualmente parece que o programa ‘Casa Para Todos’ foi desmantelado e ficou claramente um vazio neste domínio, tendo em conta que não foi apresentado nenhum programa alternativo. Hoje constata-se uma situação habitacional cada vez mais difícil. O regime de bonificação de juros para Crédito Habitação (decreto-lei nº 37/2010 de 27 de setembro) neste momento encontra-se inactivo apesar da vigência da Lei. No entanto a Direcção-Geral do Tesouro recativara, em 2016, este regime que ‘’permite regular as condições de acesso ao crédito para habitação no regime geral, bonificado e jovem bonificado’’ mas a banca comercial no país não tem cumprido. “, acrescenta.

Neste sentido defende que o governo e o BCV não podem continuar sem prestar nenhuma informação sobre este assunto importante para a juventude cabo-verdiana. A seu ver, na ausência de um programa de bonificação dos juros, a aquisição de uma habitação condigna está circunscrita às classes mais abastadas e mesmo assim a taxas.

Neste sentido, caso não houver uma posição clara das entidades acima referidas, a Juventude do PAICV diz que irá considerar seriamente outras formas de luta, por se “tratar claramente de um direito dos jovens cabo-verdianos consagrada na lei”.

Jailson Lopes, realça que foi com base na instrumentalização dos sonhos e das expectativas dos jovens que o actual governo ganhou as eleições, “prometendo fazer o país crescer a uma média de 7% por ano, ao prometer criar 9 mil empregos por ano”, conclui.

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