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Venezuela: Moscovo acusa EUA de criarem pretexto para intervenção militar

Moscovo acusa os estados Unidos da América (EUA) Washington de procurarem, com a proposta de Resolução sobre a Venezuela, que apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), um pretexto para uma intervenção militar naquele país.

O documento dos Estados Unidos “procura, de facto, encobrir as provocações com o envio de ajuda humanitária como meio de desestabilizar a situação na Venezuela e até mesmo obter um pretexto para uma intervenção militar directa” no país, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.

“Como compreenderá, o Conselho de Segurança jamais aprovará tal decisão”, realçou Lavrov, em conferência de Imprensa, após uma reunião com o seu homólogo finlandês, Timo Soini, anunciando, assim, o veto da Rússia à proposta dos EUA.

Quanto à resolução sobre a Venezuela preparada pela Rússia, o chefe da Diplomacia russa sublinhou que o documento pretende “apoiar o diálogo nacional” no país.

Sergei Lavrov indicou que, em breve, irá realizar uma reunião com a chefe da Diplomacia Europeia, a italiana Federica Mogherini, para abordar a crise venezuelana e também com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, através de uma conversa por telefone.

Tanto os EUA como a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança e ambos têm a capacidade de vetar a Resolução da outra parte, de modo que nenhuma das propostas tem potencial para prosperar se ambas as potências não chegarem a um acordo prévio.

A crise política na Venezuela – antiga colónia espanhola -agravou-se em 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se auto-proclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos EUA e prometeu formar um Governo de Transição e organizar Eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do Presidente do Parlamento como uma tentativa de golpe de Estado, liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia reconheceu Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar Eleições livres e transparentes.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

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