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Nigéria: Eleições adiadas para 23 de Fevereiro 

A Comissão Eleitoral da Nigéria (CEN) informou, horas antes da abertura das urnas, que a Eleição Presidencial está adiada para 23 de Fevereiro, devido a “desafios” não especificados, quando surgem relatos de que materiais de votação não chegaram a todas as regiões do país.

O presidente da Comissão, Mahmood Yakubu, anunciou o adiamento quase cinco horas antes do início das eleições naquele que é o país mais populoso da África e maior Democracia do continente.

Yakubu disse que “esta foi uma decisão difícil de tomar, mas necessária para o sucesso das Eleições e a consolidação da (…) Democracia”.

Em 2015, a Nigéria atrasou a Eleição durante seis semanas, alegando, então, problemas ligados com a segurança.

Nestas Eleições, os nigerianos escolhem o seu Presidente, os deputados à Assembleia Nacional e os governadores dos 36 estados do país, num escrutínio que se apresenta como imprevisível.

O vencedor das Presidenciais irá governar nos próximos quatro anos um país com mais de 190 milhões de habitantes, registo que é uma estimativa pouco firme do Instituto Nigeriano de Estatísticas, já que o último Censo Oficial é de 2006.

Certo é que a Nigéria é o país mais populoso de África e o seu crescimento demográfico é um dos mais rápidos. De acordo com as previsões da ONU, a população nigeriana deverá alcançar os 410 milhões de habitantes até 2050, para se tornar no terceiro país mais populoso do mundo, atrás da China e da Índia.

O novo Presidente terá que enfrentar o imenso desafio do emprego para os jovens, sabendo que 87 milhões de nigerianos vivem abaixo do nível de pobreza extrema, número apenas ultrapassado pela Índia, que, no entanto, tem 1,3 mil milhões de habitantes.

Muhammadu Buhari, o Presidente-cessante, tem 76 anos, e já governou o país em 1983, na sequência de um golpe de Estado e durante o período das ditaduras militares.

Já o outro candidato, Atiku Abubakar, quer conquistar os eleitores da faixa etária 18-30 anos, com o argumento da sua juventude em relação a Buhari.

Entretanto, Buhari revelou, sábado, estar “profundamente desapontado” pelo adiamento das Presidenciais na maior Economia africana, apelando à calma e considerando que o momento é “um teste ao caminho democrático” nigeriano.

As Eleições de 2015 desenrolaram-se quase sem violência, e foram as primeiras assinaladas como “livres e transparentes” desde o início do período democrático em 1999, após décadas de ditaduras militares e de golpes de Estado.

A Nigéria está muito longe de crescimento de dois dígitos registado no início da década de 2000, quando os preços do petróleo ultrapassaram os cem dólares por barril, ainda que o gigante africano continue a ser a maior Economia do continente, à frente da África do Sul, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

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