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Política

Governo define agro-indústria tecnologias e economia azul como áreas essenciais para cooperação com o BAD

A agricultura e a industrialização, tecnologias e economia azul são as áreas prioritárias já definidas pelo Governo para a cooperação com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), para os próximos anos.

Essas áreas foram apresentadas na manhã desta sexta-feira pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, durante um encontro com uma missão do BAD que se encontra em Cabo Verde para a preparação do documento estratégico de cooperação com Cabo Verde para o período 2019-2023.

Olavo Correia pediu ao BAD concentração de recursos por forma a que o país possa amplificar os resultados dos projectos financiados, e que resulte, sobretudo, na geração de riqueza e criação de empregos para jovens.

“Com o BAD nós queremos para os próximos tempos concentrar os recursos na modernização de agricultura e industrialização. Criar as condições para que possamos produzir em Cabo Verde, exportar para o mercado turístico e mercado internacional, mas também para domiciliar empresas que possam, em Cabo Verde produzir e exportar, criando empregos para os jovens”, explicou.

O governante salientou que esta é uma área em que o BAD tem “bastante experiência”, pelo que o país quer contar com o apoio dessa instituição financeira africana para alavancar esse sector considerado “de capital importância” para o país.

Olavo Correia adiantou ainda que o Governo tem uma “importante ambição” que é de fazer Cabo Verde num ‘hub’ tecnológico para criar oportunidade para os jovens cabo-verdianos que saem das universidades com ideias e que podem desenvolver produtos e serviços que podem ser colocados à escala global.

Por outro lado, adiantou que o país tem condições para domiciliar grandes empresas tecnológicas que possam a partir de Cabo Verde criar um ecossistema de inovação, permitindo inovar e também exportar para o mundo.

Um terceiro sector “importante” tem a ver com a economia marítima, a economia azul. Neste particular o governante revelou que há oportunidade que podem ser exploradas nas mais diversas valências desde as questões ligadas à investigação, à água, à pesca, aos portos e bankering e aos transportes marítimos.

“Essas três áreas devem fazer parte daquilo que é o núcleo essencial da nossa cooperação entre Cabo Verde e o BAD nos próximos tempos”, sublinhou.

Segundo o director geral adjunto do BAD para a região da África do Oeste, Serge N’Guessan, essa visão do Governo apresentada pelo vice-primeiro vai inspirar “enormemente” a equipa na elaboração do documento estratégico para Cabo Verde.

“O vice-primeiro-ministro insistiu em três grandes ideias inovadoras nomeadamente agro-indústria, e a agricultura constitui um sector importante da estratégia do BAD em Cabo Verde. É verdade que quando pensamos em Cabo Verde não pensamos na agricultura. Nós pensamos no turismo, nos outros elementos como a cultura, os grandes artistas, mas quando chegamos aqui vemos que há um potencial enorme”, disse.

Por isso mesmo adiantou que o BAD está de acordo com a ideia do Governo de fazer uma agricultura moderna, atractiva para os jovens e para as mulheres cabo-verdianas, pelo que junto com o Governo vão focalizar no desenvolvimento agrícola, da agro-indústria para poder alimentar o sector do turismo e também toda a economia cabo-verdiana.

Associado ao sector de agricultura, Serge N’Guessan adiantou que a equipa vai insistir também nas novas tecnologias que permitem a resolução de um “problema importante” para Cabo Verde, que é do acesso à água.

“Através das novas tecnologias, nós podemos fazer a previsão da situação da água em Cabo Verde e tomar as soluções adequadas para alimentar não só a agricultura como também fornecer água potável para a população”, explicou, realçando também para as potencialidades do desenvolvimento da economia azul no arquipélago.

O BAD tem sido um “importante parceiro de desenvolvimento” de Cabo Verde, estando actualmente em curso uma “importante” carteira de investimento com projectos estruturantes, entre os quais a ampliação e modernização do Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Praia.

Os Portos do Maio e da Palmeira, cujas obras deverão arrancar proximamente, o Parque Tecnológico e projecto-piloto para o reforço do emprego juvenil são alguns dos projectos em curso.

Inforpress

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