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Rússia: PR oficializa suspensão do Tratado de Desarmamento Nuclear

O Presidente russo (PR), Vladimir Putin, oficializou a suspensão da participação do País no Tratado de Desarmamento Nuclear (INF), que tinha sido assinado com os Estados Unidos da América (EUA) durante a Guerra Fria e denunciado no início de Fevereiro por Washington.

Segundo um decreto divulgado, segunda-feira, 4, pelo Kremlin, e que entra em vigor após a assinatura de Putin, a participação de Moscovo é suspensa “até que os Estados Unidos cessem qualquer violação das suas obrigações nos termos do Tratado ou até à cessação da sua validade”.

As duas potências acusam-se, mutuamente, de violar o Tratado Sobre as Armas Nucleares de Médio Alcance, assinado no final da Guerra Fria, em 1987, que entrou em vigor um ano depois e estipula a eliminação de todos os mísseis convencionais e nucleares com alcance entre 500 e cinco mil e 500 quilómetros.

Putin anunciou, no passado dia 2 de Fevereiro, a suspensão do Tratado, em resposta a idêntica medida adoptada um dia antes pelos EUA.

Previamente, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tinha dado em Dezembro um prazo de 60 dias à Rússia para que voltasse a cumprir o Tratado.

Os EUA e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, na sigla inglesa) exigiram à Rússia que destruísse o míssil de cruzeiro Novator 9M729 (SSC-8, segundo a classificação da NATO), por considerar que tem um alcance superior a 500 quilómetros.

Na resposta, a Rússia considerou “inaceitável” a exigência e argumentou que o Novator tem um alcance de apenas 480 quilómetros, pelo que respeita o Tratado.

Além disso, Moscovo acusou os EUA de terem começado a preparar o terreno para abandonar o INF há cerca de dois anos, quando iniciaram a montagem de mísseis de curto e médio alcance numa das suas fábricas militares do Estado do Arizona.

Os Estados Unidos não só consideram que a Rússia viola o Tratado, como defendem, ainda, que o INF se tornou obsoleto no geral, porque outros países como a China, Irão e Coreia do Norte fabricam armas nucleares de médio alcance e não são subscritores do mesmo.

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