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Bangladesh: ONU só conseguiu ainda 14% do apoio pedido para ajudar rohingyas

A Agência da ONU para os refugiados (ACNUR) revela que, até agora, só foram arrecadados 14 por cento (%) do valor pedido em Fevereiro para apoiar os quase 900 mil refugiados rohingyas que se encontram no Bangladesh, fugidos de Myanmar (antiga Birmânia).

A ONU pediu, em Fevereiro passado, 920 milhões de dólares (cerca de 812 milhões de euros) à Comunidade Internacional, depois de um apelo semelhante lançado em 2018 ter ficado também muito aquém do esperado.

A falta de dinheiro afectará de forma negativa os rohingyas, lembrou o representante da ACNUR nos países árabes do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), Khaled Khalifa, numa conferência de Imprensa realizada em Daca a Capital do Bangladesh.

“Até agora, só se conseguiu financiar 14% do Plano (de apoio), o que é uma percentagem muito pequena. No ano passado, o financiamento do Plano ficou-se por 64%, no final do ano”, lamentou Khalifa.

O representante do ACNUR chegou ao Bangladesh na semana passada, juntamente com uma delegação de funcionários do Qatar, do Kuwait, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, além de membros da Turquia e da União Europeia, tendo, segunda-feira, 25, reconhecido que a situação dos rohingyas é complicada.

O responsável do organismo de apoio aos refugiados adiantou esperar que, este ano, o Plano receba mais financiamento, que se destinará aos mais de 738 mil membros da minoria muçulmana que se refugiaram no Bangladesh desde Agosto de 2017 e aos mais de 200 mil que já se encontravam naquele país.

Trata-se de “uma das populações mais necessitadas em todo o mundo”, disse, qualificando o Plano como “razoável”.

O êxodo dos rohingyas começou em Agosto de 2017, quando um grupo rebelde desta comunidade minoritária lançou uma série de ataques contra postos governamentais na região de Rakhine, no Oeste de Myanmar, o que provocou uma resposta desproporcionada do Exército birmano contra este grupo.

Um relatório da ONU apresentado em Agosto passado considerou a Operação Militar em Rakhine como “um genocídio”, e garantiu existirem indícios de crimes de guerra e contra a Humanidade.

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