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Política

Janira Hopffer Almada promete trabalhar por “desaforo” para que o país tenha uma mulher primeira-ministra

A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV- oposição) comprometeu-se hoje, em São Miguel, ilha de Santiago, que vai continuar trabalhar, desta feita, por “desaforo”, para que o País tenha uma mulher como primeira-ministra.

“Quero prometer-vos [mulheres] (…) que, a partir de hoje, vou trabalhar por desaforo e por cada um de vós. Vou trabalhar para resgatar este pais e para que tenham mais voz e para mostrar que é PAICV que vai trazer inovação, elegendo, sim, uma mulher para primeira-ministra de Cabo Verde”, revelou, referindo-se às próximas eleições legislativas de 2021 em que sendo líder do partido é candidata a primeira-ministra.

Janira Hopffer Almada manifestou esta intenção durante uma conversa com as mulheres militantes, amigas e simpatizantes do PAICV sobre “Os desafios da participação da mulher na política”, promovida hoje em São Miguel, pela Federação Nacional das Mulheres do PAICV (FNMPAI) e a Comissão Política Regional de Santiago Norte (CRP-SN), no acto central de encerramento das actividades do “Mês de Março, Mês da Mulher”.

A líder do PAICV, que avisou que vai continuar a lutar para que Cabo Verde tenha uma mulher primeira-ministra, “cada vez mais com mais força, coragem e determinação”, aproveitou para esclarecer que quando se diz que as mulheres cabo-verdianas não estão preparadas para governar e que não se vai votar numa mulher que não é uma ofensa à sua pessoa [Janira Hopffer Almada], mas à toda mulher cabo-verdiana.

Nesse sentido, insistiu que as mulheres cabo-verdianas, cuja capacidade foi reconhecida desde a luta pela independência nacional, não precisam de nenhum favor, mas sim precisam de igualmente de oportunidade”.

Por tudo isso, pediu um “djunta-mon” de todas as mulheres cabo-verdianas para que juntas possam trabalhar por um Cabo Verde melhor, acreditando que elas também têm condições e capacidades para assumir todas as responsabilidades que for em necessárias, independentemente de que mulher for.

“Passamos o mês de Março a comemorar Mês da Mulher, mas mais do que comemoração de Mês da Mulher devemos ter atitude de promover as mudanças que têm que ser promovidas em Cabo Verde. Não é possível que continuemos a ter preconceitos contra as mulheres que assumem certas posições e certas responsabilidades, quando passamos um mês inteiro a vangloriar as capacidades das mulheres cabo-verdianas”, lamentou.

“Não se deve reconhecer as capacidades das mulheres cabo-verdiana só para certas coisas, para depois se disser que elas não estão preparadas para governar e liderar”, criticou Janira Hopffer Almada, lembrando que são as mesmas pessoas que reconhecem as grandes capacidades das mulheres cabo-verdianas que depois, para certos cargos e funções, põem em causa essas mesmas capacidades.

Inforpress

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