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Economia

Enapor diz que presença do navio ESER tem causado prejuízos à administração do porto

O administrador-delegado do Cais da Praia disse, em declarações à Inforpress, que a presença do navio ESER, apreendido a 31 de Janeiro no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária, tem causado prejuízos à Enapor.

Segundo Celso Martins, desde que a embarcação de bandeira panamense, apreendida com 9.570 kg de cocaína, se encontra atracada no porto da Praia, aquela zona do cais, “nobre e muito solicitada”, onde atracam os navios internacionais, está praticamente imobilizada.

Uma situação que, segundo a mesma fonte, tem lhes causado “prejuízos e alguns constrangimentos” na gestão do cais internacional que fica “limitada”, sem poder contar com aquele espaço. Por vezes, disse que se tem originado situações de navios em fila de espera.

“Nós estamos a ser prejudicados por conta dessa imobilização”, frisou Celso Martins, completando que a situação já é do conhecimento das autoridades, que, conforme afirmou, têm tentado fazer com que o navio seja deslocado para São Vicente, mas que ainda “está tudo no processo”.

A situação, conforme referiu o administrador-delegado do Cais da Praia, está sob alçada do Ministério da Justiça e do Cofre-geral do Estado, que, por sua vez, estão a incitar pedidos de apoio técnico do Instituto Marítimo Portuário (IMP) e da própria Enapor.

“Nós do nosso lado já disponibilizamos toda a informação, para além da própria guarda do navio, no que diz respeito à segurança em termos de amarração”, completou aquele responsável, afirmando que se trata de um processo que está a decorrer nos procedimentos legais, mas que tem resultado em prejuízos para a Enapor – Portos de Cabo Verde.

Questionado sobre o montante dos prejuízos, Celso Martins respondeu que a Enapor não fez ainda essa quantificação numérica. Entretanto se focou no facto do Cais da Praia estar com menos capacidade de oferta por conta da ocupação e imobilização de uma zona nobre.

Recorde-se que o navio cargueiro em questão, foi apreendido a 31 de Janeiro deste ano, no porto da Praia, com 260 fardos, totalizando o peso bruto de 9.570 kg de cocaína. Na sequência da operação, foram detidos 11 cidadãos, todos de nacionalidade russa, que presentes às autoridades judiciárias competentes, num sábado, dia 02 de Fevereiro, ficaram em prisão preventiva.

De acordo com a polícia científica cabo-verdiana, o cargueiro, oriundo da América do Sul, tinha como porto de destino Tanger, Marrocos. O navio fez, segundo a mesma fonte, uma escala no Porto da Praia, para cumprir os procedimentos legais relacionados com um falecimento, a bordo que, segundo informações avançadas pela PJ, “terá tido morte natural”.

Todavia, a PJ afirmou que já estava na posse de informações de que se tratava de uma embarcação suspeita de transportar uma quantidade indeterminada de estupefacientes.

Nesta operação de busca, descarga, acondicionamento, transporte e guarda do produto apreendido, a PJ contou com a cooperação e suporte técnico da Polícia Judiciária Portuguesa e da Polícia Nacional Francesa, bem como das forças de segurança nacionais, nomeadamente, as Forças Armadas e a Polícia Marítima, e, também, da Enapor e do Porto da Praia.

Entretanto, a Polícia Judiciária incinerou no dia 02 de Fevereiro os 9,570 kg de droga apreendida.

Inforpress

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