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Turquia: Comissão Eleitoral autoriza recontagem de votos em Istambul

As autoridades eleitorais da Turquia começaram  a recontagem dos votos em oito distritos de Istambul, onde os resultados preliminares indicam a derrota do Partido do Presidente Erdogan nas Eleições Municipais de domingo.

A nova contagem dos votos foi aprovada “em oito distritos de Istambul”, após os recursos que foram apresentados pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), do Presidente, disse o presidente da Comissão Eleitoral, Sadi Guven.

O responsável especificou que os votos que estão a ser recontados são “maioritariamente” boletins que foram contabilizados como nulos na primeira contagem, após o encerramento das urnas, no domingo.

De acordo com a Imprensa da Turquia, a recontagem começou e decorre em sete dos oito distritos, tendo sido temporariamente suspensa na sequência de um recurso da Oposição, que acabou por ficar sem efeito.

Apesar de o Partido no poder (AKP) ter atingido o maior número de votos a nível nacional, perdeu cidades como Ancara e, de acordo, com os resultados preliminares foi derrotado em Istambul, a capital económica da Turquia.

De acordo com notícias difundidas pela Agência de Notícias estatal, Anadolu, o candidato da Oposição em Istambul, Ekrem Imamoglu, obteve 48,79 por cento (%) dos votos, segundo os resultados provisórios.

A mesma notícia refere que o candidato do AKP, o ex-primeiro-ministro Binali Yildirim, conseguiu 48,52% dos votos.

No total, o AKP contesta os resultados em 39 distritos de Istambul e 25 em Ancara referindo-se a irregularidades “flagrantes” e estimando que inúmeros votos do AKP foram contabilizados como nulos.

De acordo com a agência Anadolu, cerca de 300 mil votos foram considerados nulos em Istambul, sendo que pouco mais de 25 mil votos separam o candidato da oposição do candidato do AKP.

Segundo a Comissão Eleitoral, a recontagem em causa pode prolongar-se até quinta-feira, mas novos recursos podem ser apresentados até ao próximo dia 10 de Abril.

Entretanto, os jornais pró-governamentais multiplicam as acusações de fraude eleitoral que compara à tentativa de golpe de Estado contra Erdogan, em 2016.

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