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Saúde

Demência: Oito sintomas da Doença de Alzheimer 

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras), segundo informações disponibilizadas no sítio “Alzheimer Portugal”.

De acordo com a mesma fonte, esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades de vida diária.

À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número, formam-se tranças neuro-fibrilhares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação.

Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afectando as várias áreas cerebrais vão-se perdendo certas funções ou capacidades.

Quais são os sintomas?

Nas fases iniciais, os sintomas da Doença de Alzheimer podem ser muito subtis. Todavia, começam, frequentemente, por lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objectos do quotidiano.

Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.

Outros sintomas característicos:

-Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;

-Apresentar um discurso vago durante as conversações;

-Perder entusiasmo na realização de actividades, anteriormente apreciadas;

-Demorar mais tempo na realização de actividades de rotina;

-Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;

-Incapacidade para compreender questões e instruções;

-Deterioração de competências sociais; e

-Imprevisibilidade emocional.

A “Alzheimer Portugal” conclui, salientando, que consoante as pessoas e as áreas cerebrais afectadas, os sintomas variam e a doença progride a um ritmo diferente.

As capacidades da pessoa podem variar de dia para dia ou mesmo dentro do próprio dia, podendo piorar em períodos de estresse, fadiga e problemas de saúde.

No entanto, o certo é que vai existir uma deterioração ao longo do tempo.

A Doença de Alzheimer é progressiva e degenerativa e, actualmente, irreversível.

Histórico

A Doença de Alzheimer (DA) é mundialmente conhecida desde o início do século XX, com sua descrição pelo neurocientista alemão que deu nome a esta patologia.

Apesar de ser conhecida há muito tempo, pouco se sabe sobre o que ativa o mecanismo no cérebro que leva ao acúmulo de substâncias em algumas regiões, acelerando a morte dos neurônios e causando as características típicas da doença, com a perda de memória para factos recentes, alteração de comportamento, irritabilidade, entre outras.

Além da limitação em saber o agente causador, existe uma limitação no tratamento, já que as medicações utilizadas hoje ajudam a desacelerar o processo de degeneração cerebral, porém não impede que a doença pare de evoluir.

A doença começa a partir dos 60 anos e, casos mais precoces, geralmente têm uma relação familiar mais comprovada.

Nestes casos, deve-se descartar a possibilidade de outras causas para os sintomas semelhantes, como um quadro de depressão, hipotiroidismo (diminuição da função da glândula tireóide), acidente vascular encefálico, tumores do sistema nervoso central, doenças infecciosas, como sífilis, ou mesmo deficiência crônica de vitamina B12.

O diagnóstico, portanto, é realizado a partir de uma série de exames que descartam outras possibilidades (diagnóstico de exclusão), e a partir de uma história clínica típica da doença, associado a exame do estado mental.

Há estudos em andamento para se tentar realizar o diagnóstico de DA com um simples exame de sangue ou por exames de imagem (como ressonância magnética funcional), porém os testes ainda não foram conclusivos, havendo uma perspectiva de confirmação para os próximos anos.

A simples modificação de alguns hábitos de vida diminui a chance de desenvolver a doença ou postergar o início do seu aparecimento como a actividade física aeróbica regular (caminhadas matinais, por exemplo), o hábito da leitura ou atividades manuais que exijam concentração e alimentação saudável.

Estes hábitos permitem melhorar a oxigenação cerebral, diminuir a formação de radicais livres (que aceleram a morte dos neurónios) e o recrutamento de neurônios que não estavam sendo utilizados (uma ação denominada plasticidade neural, e que pode ocorrer ao longo da vida, independente da idade; daí a possibilidade de pessoas com mais de 60 anos poderem aprender novas actividades de maneira semelhante a um jovem).

Esta doença é mais debatida hoje, devido ao envelhecimento populacional. Ou seja: quanto mais pessoas idosas há, maior é a prevalência da DA.

Porém, a receita para melhorar o funcionamento do cérebro contribui para afastar o risco desta patologia e evitar as alterações comportamentais que retiram a pessoa do convívio social e sobrecarrega os cuidadores, desestruturando todo o núcleo familiar.

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