A Sociedade Cabo-verdiana de Música, SCM,está a participar numa formação com a duração de uma semana, em Joanesburgo, África do Sul, ministrada pela SAMRO, entidade de gestão colectiva dos direitos do autor da África do Sul, líder do ranking das cobranças e das distribuições do Comité Africano da CISAC.
A comitiva é constituida pela presidente, Solange Cesarovna e pelo Técnico do Departamento de Operações e IT da SCM, Adilson Pereira.
A formação é “uma oportunidade crucial para a SCM aperfeiçoar as relações internacionais geridas pelo departamento de relações internacionais, num momento que se encontra numa fase de gestão dos protocolos de reciprocidade assinados, com vista ao devido pagamento pela utilização dos catálogos internacionais, cujos acordos de reciprocidades permitem que seja defendidos pelas entidades congéneres”.
A formação visa o licenciamento no sector digital, prioritário para todas as entidades de gestão colectiva do Mundo, pelo que a SCM vê neste encontro uma oportunidade para reforçar o seu conhecimento nesta fase preparatória de negociações com as plataformas.
Com uma média de cobrança nos últimos anos de 35 milhões de dólares, distribuídos para os seus membros, a SAMRO é um grande exemplo para o Continente Africano no campo da defesa do direito do autor e tem vindo a desenvolver desde 1960 o trabalho da organização de gestão colectiva dos direitos de autor neste país, muito rico musicalmente.
À margem da formação, a SCM acada de assinar um contrato de reciprocidade com a SAMRO que concede à SCM a legitimidade para defender, a partir um catálogo de mais de 2 milhões de obras musicais, administradas por esta entidade de gestão colectiva.
A SCM acredita que este é um passo “determinante” na estratégia de defender o músico e autor cabo-verdiano também na África do Sul.
