PUB

Política

MpD diz que líder do PAICV “actua de má-fé” relativamente aos negócios dos TACV

O Movimento para a Democracia (MpD) acusou hoje a líder do PAICV de ter “actuado de má-fé” ou por completa distração, ao fazer afirmações “desapropriadas” relativamente aos negócios da Cabo Verde Airlines.
O secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, fez essa acusação numa conferência de imprensa hoje, na Cidade da Praia, tendo realçado que “este PAICV é contra tudo o que o Governo faz. Tão simples como isso. São do contra!”, disse.
“O facto de dois bancos (BICV e Ecobank), estarem a emprestar 24 milhões de dólares à Cabo Verde Airlines é sinal de confiança na empresa e na viabilidade do seu plano de negócios. Na governação do PAICV, o dinheiro para cobrir os prejuízos da TACV, saía diretamente dos bolsos dos cabo-verdianos (10 mil contos por dia, 300 mil contos por mês, 3 milhões e 600 mil contos, por ano), e o dinheiro era para pagar prejuízos, não para fazer investimentos”, enfatizou.
Conforme Miguel Monteiro, o facto de o Governo liderado por Ulisses Correia e Silva, ao contrário do governo do PAICV, considerar as ligações marítimas e aéreas essenciais ao desenvolvimento do país, agiu com base em dois factores: ter ligações marítimas regulares, eficientes, seguras e a preço justo, a partir do próximo mês de Agosto e criou o Cabo Verde Airlines.
“Como se pode falar em ‘negócio obscuro’, se o acordo para a venda dos 49%, foi enviado ao Parlamento, e foi distribuído por todos os deputados? Tudo está a ser feito com transparência, seguindo o que está previsto no plano de negócios, de uma forma profissional e programada”, acrescentou.
De acordo ainda com o secretário-geral do MpD, nesta matéria, os boeings “Praia de Santa Maria”, “Baia de Tarrafal” e o “Fontainhas” demonstram e confirmam que o Governo do MpD está no caminho certo.
Na sua declaração, Miguel Monteiro, realçou ainda que foi a governação do PAICV quem colocou as dívidas dos TACV num nível insuportável, que levou à prisão do Boeing na Holanda, e, entretanto, não queria que as dívidas fossem pagas, ou que outros viessem assumir esta elevadíssima dívida deixada pelo PAICV?
Conforme sublinhou, contrariamente ao que a líder do PAICV disse, os cabo-verdianos não estão a assumir qualquer dívida, pois, a Cabo Verde Airlines é detida em 49% pelo Estado.
“Então é natural que 49% do total do empréstimo, tenha o aval do Estado. Situação muito diferente, do passado recente, quando os recursos saíam diretamente do tesouro; os avales do Estado eram de 100% dos valores de empréstimo obtido e, apesar de todo esse dinheiro, a companhia não mostrava sinais de melhoria, representando um sério risco para o país”, disse.
“Ela continua a politizar a questão das viagens internacionais de e para São Vicente, quando foi a gestão e intromissão políticas é que afundaram os TACV. É claro para qualquer aluno de gestão/economia do 1º ano sabe que não há aumento do endividamento do país, com este empréstimo concedido à Cabo Verde Airlines”, adiantou, aconselhando por outro aldo, a líder do PAICV a recrutar assessoria para os assuntos económicos.
Instado sobre o porquê do Icelandair, o grupo que detém maior acções da Cabo Verde Airlines, sendo uma empresa estrangeira não ter ido buscar o empréstimo fora do país, Miguel Monteiro considerou “irrelevante” se o dinheiro é conseguido fora ou dentro do país, e adiantou que o empréstimo foi concedido a Cabo Verde Airlines, uma empresa de direito cabo-verdiano.
“O Governo é avalista de 49 por cento do empréstimo por deter esta parte na empresa”, confirmou.
A Cabo Verde Airlines assinou na sexta-feira, 12, uma linha de crédito de 24 milhões de dólares (cerca de (2.349.290.000 ECV) financiada pelo Banco Internacional de Cabo Verde (BICV) e pelo Ecobank para impulsionar o desenvolvimento da empresa.
Inforpress
 

PUB

PUB

PUB

To Top