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Política

MDSV defende estatuto de zona especial de gestão ambiental para Chã de Alecrim

O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente defendeu que a zona de Chã de
Alecrim e toda a sua bacia deva ser declarada zona especial de gestão ambiental, como forma de limitar as intervenções humanas na região.

Em causa está a proteção, tanto da zona, como da praia da Laginha e da enseada de
corais, que, considera, continua condenada à morte, caso não se tomem medidas
urgentes e preventivas.

Para o porta voz do movimento, Maurino Delgado, toda a zona de Chã de Alecrim deve ser declarada zona especial de gestão ambiental, de forma a limitar as intervenções humanas, tal como aconteceu com a construção de moradias no canal de recolha das águas das chuvas, violando normas básicas de segurança e pondo em perigo a vida das pessoas.

“Num país sério em que se os políticos defendessem os interesses do povo e o Ministério Público funcionasse, um político que tomasse uma decisão dessa natureza perdia o mandato por negligência grave e seria condenado por crime ambiental grave e atentado contra as pessoas e o património.”

Assim, sugere este representante da sociedade civil, que se desenvolva um projeto de
conservação de toda a encosta, com trabalhos de reflorestamento e banquetas para
reter para reter o solo e neutralizar os efeitos erosivos das chuvas e do vento.

“A enseada de corais da Laginha continua condenada à morte perante o risco iminente das chuvas”, diz Maurino Delgado, que considera que obra anunciada pelo Governo, tendo em vista a resolução deste problema, está condenada, uma vez que não se pode realizar um investimento desta envergadura, sem que seja feito um trabalho de terreno para conter as enxurradas e águas selvagens.

“Este projeto, tal como está concebido, mais uma vez, não dá resposta ao problema
da proteção dessa zona muito sensível, porque há dimensões do problema que não
foram considerados.”

Neste sentido, Delgado defende uma intervenção em toda a bacia da zona de Chã de
Alecrim, para que as águas e enxurradas que chegam à Laginha, sejam de fácil
“domesticação” e os impactos reduzidos.

“É necessário a elaboração de um projeto concreto, com os devidos estudos e
considerações, para que não se esteja a gastar, hora 20 mil contos, hora 50 mil contos, que depois vão criar problemas muito maiores e mais graves”, aponta.

Entretanto, o movimento continua a pedir uma intervenção urgente e preventiva, de
caráter temporário, para que, caso chova, as águas não desemboquem novamente
na enseada de corais.

“A solução proposta pelo grupo de apoio é uma solução simples, de fácil execução e
que permite dar tempo ao tempo para se pensar uma solução com melhor eficácia
para a proteção da Laginha, da enseada de corais, das instalações da Electra na
Matiota e da população de Chã de Alecrim”, considera.

NA

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