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Sociedade

Caso agente Hamilton: Jamaica não ficou em TIR, mas sim foi “dispensado” pela PJ após “diligências policiais”

Ao contrário do que foi veiculado esta manhã pela Inforpress e replicado,  a partir daí, por outros órgãos de Comunicação Social, incluindo o A NAÇÃO, José António Carvalho, conhecido por Jamaica, tido alegadamente como principal suspeito do assassinato do agente Hamilton Morais, não ficou em TIR, ou seja, não teve nenhuma medida de coacção. Mas sim, simplesmente foi “dispensado” pela PJ.

Ou seja, segundo informações da própria PJ, em comunicado chegado à nossa redacção, Jamaica foi entregue efectivamente pela Polícia Nacional à Polícia Judiciária “para efeito de diligências policiais”, “de várias ordens (de natureza policial)”, mas “que não implicam detenção”, tendo sido então “dispensado, no mesmo dia”,  “após tais diligências”.

A NAÇÃO tentou saber junto da PJ que tipo de diligências policiais foram então levadas a cabo pela PJ, ainda que sem sucesso

A PJ esclarece contudo “que o indivíduo em causa nunca esteve detido nesta instituição policial” e que por isso não fez “nenhuma apresentação (do mesmo) às autoridades judiciárias”.

Ao que tudo indica esta dispensa deverá estar relacionada com a falta de provas, uma vez que Jamaica nem sequer foi efectivamente detido pela PJ.

Histórico

Recorde-se que na madrugada desta terça-feira,29,por volta das 00h15, o Serviço de Piquete foi chamado, através do Centro de Comando, para intervir junto de dois indivíduos “que se encontravam armados e em situação muito suspeita na zona de Tira Chapéu”, na Praia.

No local, segundo a PN, ao se aperceberem da presença policial, “os suspeitos puseram-se em fuga e, imediatamente, foram perseguidos”, resultando “dali disparo de armas de fogo”.

Um desses disparos, terá atingido, como noticiou o A NAÇÃO, o agente de primeira classe, Hamilton Morais, no pescoço.

Conforme a PN, Hamilton ainda foi socorrido imediatamente pelos colegas para o HAN, onde veio a falecer, momentos depois.

Na sequência, Jamaica acabou por ser detido depois das buscas, enquanto um segundo envolvido ainda está a monte.

As diligências, disse ontem em comunicado o ministério da Administracção Interna, “estão sendo feitas no sentido de se compreender com exatidão as circunstâncias em que ocorreu a tragédia”, sem avançar mais pormenores.

O agente Hamilton foi descrito como “um profissional exemplar, dedicado e muito querido pelos seus colegas e amigos”.

Estava na corporação há 16 anos, tendo trabalhado na Brava e na Praia.

A Polícia Nacional “lamenta profundamente” a “perda deste colega e excelente profissional que foi o Agente Hamilton Morais e endereça à família enlutada as mais sentidas condolências”.

Também o ministro da Administração Paulo Rocha mostrou-se consternado dizendo que é uma “grande preocupação” ver o perigo a que os efectivos da Policia Nacional estão expostos todos os dias”.

A família, desolada, pede justiça.

Resta agora aguardar pelas investigações e também pela captura do tal segundo indivíduo envolvido alegadamente no caso.

 

 

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