O Centro de Formación e Recursos de Lugo (Galiza) convidou o pintor e professor caboverdiano António Firminio para ensinar a língua e a cultura cabo-verdiana no município galego de Burela.
O curso, que terminou em clima de festa no passado dia 31 de Outubro, teve uma boa adesão e contou com 22 assistentes, principalmente docentes e assistentes sociais, que passaram a “conhecer melhor” a língua, a literatura, a música e a etnografia das ilhas.
Recorde-se que muitos cidadãos das ilhas chegaram àquele concelho desde a década de 70 para trabalhar na fábrica de alumínio de Alcoa e na pesca.
Hoje, os professores das escolas da vila querem aprender crioulo para se poderem comunicar com os estudantes na sua língua e para lhes mostrar que o cabo-verdiano “está no mesmo nível que o galego-português, o inglês ou o espanhol”.
Para além desta formação, a câmara municipal ofereceu um espaço na Casa da Cultura de Burela para instalar uma exposição de pintura com as melhores obras de António Firmino. Esta amostra irá visitar igualmente outras cidades da Galiza nos próximos meses, pois, segundo informações dos dinamizadores do curso, diversas organizações e salas de exposição já se mostraram “interessadas em acolhê-la”.
Segundo a mesma fonte, a comunidade caboverdiana de Burela é provavelmente o coletivo de imigrantes “melhor conhecido e mais apreciado da Galiza, em virtude da sua capacidade para integrar o tecido social e produtivo local”.
