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Política

Luís Filipe Tavares perspectiva para o primeiro semestre de 2020 a instalação do consulado cabo-verdiano em Londres

O governante fez esta afirmação à imprensa, à saída da reunião da Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidade, para apreciação da proposta do Orçamento do Estado para o ano económico de 2020.
Luís Filipe Tavares explicou que, desde a crise de 2008, tem havido um número crescente de cabo-verdianos em Londres, à volta de 20 mil, considerando por isso a necessidade da instalação de uma consulado-geral ou uma embaixada, algo que vai depender das negociações que o Governo irá fazer com as autoridades britânicas.
Conforme avançou, já há contactos, mas, referiu, com o Brexit, que “provavelmente acontecerá a 31 de Janeiro de 2020”, será necessário acelerar o processo para poder prestar assistência consular mais efectiva à comunidade cabo-verdiana residente na região metropolitana de Londres.
“Será em 2020, mas vamos trabalhar para que seja no primeiro semestre”, salientou.
O ministro fez referência ainda que, em Abuja, na Nigéria, o processo de instalação da embaixada está avançado, e que neste momento decorre os “trâmites” de nomeação do embaixador de Cabo Verde junto da Nigéria.
Quanto aos eixos estratégicos que definem a actuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros no quadro do Orçamento de 2020,
Luís Filipe Tavares revelou que o Executivo tem trabalhado em duas frentes, sendo a primeira a melhoria do funcionamento das missões diplomáticas, o atendimento consular, emissão de passaportes e vários outros documentos de importância.
“Melhoramos significativamente esse serviço, hoje estamos a responder às preocupações dos cabo-verdianos. O compromisso que nós havíamos assumido era de, em 30 dias, responder a todas as solicitações, estamos a fazê-lo em 10 e, nalguns casos em três dias”, sustentou.
Numa segunda frente, ajuntou, é todo o trabalho para a integração da nossa comunidade nos países de acolhimento, realçando que em “2019 conseguiu-se ajudar a regularizar a situação documental à volta de 8 mil cabo-verdianos”.
“O diálogo político com os países da nossa emigração tem sido muito bom, há uma relação de confiança e isso facilita a integração dos cabo-verdianos”, observou.
Uma outra vertente, comunicou, está relacionada com o programa estratégico do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, na qual o Governo está a negociar com a União Europeia vários projectos identificados e está-se a trabalhar na concretização dos mesmos.
Inforpress

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