O presidente da Juventude do PAICV, Fidel Cardoso de Pina, manifestou, no último fim-de-semana, a sua preocupação quanto à situação habitacional na Boa Vista e à não conclusão das obras do Liceu da ilha. O líder da juventude tambarina falava durante uma conferência de balanço da visita de três dias que realizou aquela ilha.
Fidel Cardoso de Pina considera que não há uma política de habitação nem da parte do governo, nem da parte do poder local. A título de exemplo este responsável referiu-se ao crédito bonificado jovem, a seu ver “muito propalado” pelo vice primeiro-ministro Olavo Correia, mas que ainda não chegou à ilha da Boa Vista.
“Os jovens reclamam de mais oportunidades de acesso a uma habitação condigna e em preços comportáveis. Este apelo foi feito para vários jovens sobretudo os que vieram de outras ilhas para residir na Boavista e não contam com um suporte familiar. De igual modo, os jovens da zona norte do interior da ilha pedem que lhe sejam dadas oportunidades de ter uma habitação própria, porque igualmente querem dar as suas famílias uma boa condição de vida”, disse.
Assim sendo, o presidente da JPAI apelou a Câmara Municipal da Boa Vista para reavaliar a sua forma de gestão das rendas mensais dos apartamentos de Casa Para Todos, atribuídas as jovens famílias do bairro da Boa Esperança no processo de realojamento das mesmas.
“É que as famílias se queixam do elevado valor das rendas mensais dos apartamentos, uma vez que não se teve em devida conta, o real rendimento de cada família. Na maioria dos casos o valor da renda mensal ultrapassa os 50% do rendimento familiar, trazendo imensos constrangimentos para estas famílias”, acrescentou.
A não conclusão das obras do Liceu da Boa Vista foi alvo de algumas considerações por parte desta fonte. Desde logo o facto dos trabalhos se terem iniciado em 2015 e até então o governo não ter conseguido concluí-las. A situação foi constada durante uma visita da JPAI àquelas instalações.
“Para a JPAI é uma realidade preocupante e inadmissível para os pais, encarregados de educação, alunos e professores do Liceu. Apesar dos inúmeros prazos previstos pelo Ministério da Educação e Inclusão Social para o término na obra, sem nunca se ter cumprido, o problema mantém-se ocasionando vários constrangimentos a toda a comunidade educativa. As instalações do liceu começam a entrar num estado visível de degradação o que torna a situação desoladora para ilha da Boavista”, explanou.
Ao governo a JPAI pediu para esclarecer a situação, que coloca em causa as condições dos alunos e dos professores afectando inclusive a qualidade do ensino.
