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Política

PAICV questiona Governo sobre políticas de emprego e aponta a desvalorização de sectores importantes

O PAICV (oposição) questionou hoje o Governo sobre as políticas de promoção do emprego, apontando também a desvalorização de sectores importantes para o desenvolvimento do país, que “não têm tido” reformas estruturantes.
A observação foi feita pela deputada e líder do partido, Janira Hopffer Almada durante a primeira intervenção no debate sobre o emprego jovem, uma iniciativa agendada a pedido do grupo parlamentar do PAICV.
A deputada do maior partido da oposição começou por dizer que com quatro Orçamentos de Estado, é o momento do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, “substituir os anúncios”, pelo balanço e começar a dizer aos cabo-verdianos, e, particularmente, à juventude, o que fez neste tempo e quais os resultados.
Disse que o Governo prometeu aos jovens mais e melhor formação e empregos, criando 45 mil empregos dignos, à ordem de 9 mil por ano, além de 50 bolsas também por ano, nas melhores universidades do mundo e a bonificação do crédito para a habitação Jovem.
Por isso, referiu, a juventude quer saber quem assume, a nível do actual Executivo, a tutela dessa área, e que ministério define e conduz as políticas governamentais em matéria de juventude.
Nesta linha, a presidente do maior partido da oposição avançou que apesar de se propalar o crescimento de 5%, “esse crescimento não está a gerar empregos porque a sua política económica está errada” e não aposta em reformas estruturantes que o país precisa.
Defendeu que na governação do PAICV, o país edificou um Sistema de Formação Profissional, em que “mais 30 mil jovens foram formados”, com uma “taxa de empregabilidade de cerca de 70%”, e em áreas alinhadas com a estratégia de desenvolvimento.
“É uma política que não consolida os sectores estratégicos da economia, que desinveste na agricultura, que ignora as pescas e que não qualifica o turismo, sector motor da nossa economia e grande gerador de empregos”, salientou.
Por outro lado, sublinhou que nestes quase quatro anos “foi uma política estribada no marketing e na publicidade enganosa”, com anúncios de ecossistemas de financiamento à economia, “sem indicar um único projecto financiado” e que valores foram desembolsados, fóruns de investimento, “para anunciar investimentos que nunca mais arrancam”.
“E o problema de financiamento do sector privado continua por resolver, com o país a perder posições no Doing Business e o turismo a perder competitividade”, destacou.
Frisou ainda que estratégias o Governo tem para garantir os 45 mil postos de trabalho prometidos, quantos jovens foram formados, desde 2016 e em que áreas, pois, ressaltou, “há uma grande insatisfação da juventude, que se “sente defraudada, profundamente desiludida com esta governação”.
Fonte: Inforpress

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