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China ameaça EUA com represálias por promulgação de Lei sobre Hong Kong

A China reagiu, com irritação, nesta quinta-feira, 28, à assinatura pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de uma Lei que apoia os protestos em Hong Kong, chamando-a de “abominação absoluta” e ameaçando retaliar o Governo norte-americano.
A Legislação possibilita que a Casa Branca aplique sanções económicas contra autoridades chinesas e do Território Autónomo que sejam acusadas de violações aos Direitos Humanos.
O Governo chinês convocou o embaixador dos EUA, em Pequim, Terry Branstad, pela segunda vez em quatro dias.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, transmitiu a Branstad a “firme oposição” de seu país e pediu ao Governo dos EUA para “corrigir seu erro, não aplicar a Lei, para não prejudicar ainda mais as relações e a cooperação sino-americana”.
A China acusa a Lei americana de “apoiar, descaradamente, os actos cometidos contra cidadãos inocentes que foram agredidos, feridos e queimados (…) por delinquentes violentos”.
A Resolução, aprovada na semana passada pelo Congresso, e com o apoio de democratas e republicanos, assinada na quarta-feira, 27, por Trump, “oculta intenções sinistras”, segundo Pequim. O Comunicado divulgado pelas autoridades chinesas não cita quais medidas de retaliação seriam tomadas contra os Estados Unidos.
Em Hong Kong, o Funcionalismo que opera às ordens de Pequim chamou a Legislação de “repugnante”, dizendo que ela “interfere, claramente, em assuntos internos e envia uma mensagem equivocada aos manifestantes”, podendo provocar “distúrbios e caos” no território.
A Lei ameaça suspender o Estatuto Económico Especial, concedido por Washington à ex-Colônia britânica, que permite ao Território ficar isento de sanções económicas aplicadas à China continental, caso não sejam respeitados os direitos dos manifestantes.
Trump estava receoso em aprovar a Lei, mas a ampla maioria que ela recebeu pelo Congresso, tanto entre democratas como de republicanos, deixou o Presidente sem margem para manobra.
Ao se explicar, Trump disse que assinou “esta Resolução por respeito ao Presidente Xi (Jinping), à China e ao povo de Hong Kong”.
O Congresso também aprovou uma Legislação que proíbe a venda de gás lacrimogéneo, balas de borracha e outros equipamentos usados pelas Forças de Segurança de Hong Kong, para reprimir os protestos.
As manifestações começaram em Junho deste ano, contra uma Proposta de Lei de Extradição que, supostamente, possibilitaria à China Continental perseguir dissidentes políticos. Apesar do Parlamento de Hong Kong ter enterrado a Proposta em Outubro, a indignação nas ruas persiste.
 
Com: veja.abril.com.br

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