PUB

Sociedade

Prevalência do VIH Sida na população geral baixa de 0.8% para 0.6% em Cabo Verde

A prevalência do VIH Sida na população geral passou de 0.8% para 0.6% no país com uma diminuição nos homens para 0.4%, mas com aumento nas mulheres para 0.7%, segundo os últimos dados do Inquérito Demográfico de Saúde Reprodutiva.
De acordo com informações reveladas hoje pela secretária executiva da CCS Sida, Maria Celina Ferreira, durante as actividades comemorativas do Dia Mundial Contra a Sida, a taxa de detecção de casos de VIH em Cabo Verde ronda os 80.9 por 100 mil habitantes e a taxa de mortalidade de 6.4 por 100 mil habitantes, segundo os dados do relatório estatístico de 2018.
Em média, realçou, são diagnosticados cerca de 300 a 400 novos casos de VIH por ano, com o concelho da Praia a continuar “a ter a maior prevalência” sendo certo que Cabo Verde se afigura como dos primeiros países da sub-região africana a introduzir novos medicamentos que garantam a maior adesão e retenção das pessoas no tratamento.
“Se na população geral nós estamos com uma epidemia de baixa prevalência em certas sub-populações notamos algumas vulnerabilidades, ou seja, prevalência do VIH Sida varia entre duas a seis vezes maior do que na população em geral”, realçou, acrescentando que a estes grupos carecem de maior proximidade e acesso aos serviços de prevenção e ao tratamento.
Ao adoptar a estratégia de diagnosticar e tratar todas as pessoas afectadas com o VIH positivo, o país conta actualmente com cerca de 2500 pessoas na fila activas de seguimento e de tratamento anti-rectroviral, o que perfaz uma cobertura de terapia em 86%.
Considerada uma epidemia de grande magnitude, o VIH Sida afecta actualmente cerca de 38 milhões de pessoas, adultos e crianças, no mundo, sobretudo em África, ainda que tenha conhecido respostas importantes nos últimos anos em vários eixos estratégicos como a prevenção.
Para a coordenadora residente das Nações Unidas, acabar com esta epidemia até 2030 afigura-se como um compromisso de todos, pelo que pôs tónica no seu discurso no incentivo à acção para reduzir as disparidades de luta contra ao VIH Sida por forma a atingir o compromisso assumido nos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Ana Graça fez questão de reconhecer o empenho político e técnico de Cabo Verde na luta contra esta epidemia, e destacou o pleno envolvimento das comunidades na melhoria das respostas, a este flagelo, tanto ao nível mundial, nacional e local, sublinhando que o país tem vindo a somar ganhos consideráveis nesta luta.
Enquanto isso, a vice-presidente da rede das pessoas que vivem com o VIH-Sida, Josefa Rodrigues, chamou a atenção para a vulnerabilidade das pessoas que desta epidemia padecem, alegando que mais de metade das pessoas infectadas no país vivem na pobreza.
Reconheceu a importância do país em dar resposta a esta luta com ganhos no tratamento devido a consultas e distribuição de medicamento gratuitos, mas realçou que “a pobreza requer mais alguma coisa para uma vida condigna”, afirmando, por outro lado, que a rede precisa alargar a sua área de intervenção.
Por sua vez, a representante do Escritório da Organização Mundial de Saúde em Cabo Verde,  Flávia Semedo, ressalvou o facto de a doença deixar de ser actualmente encarrada com uma enfermidade aguda e fatal para ser vista como uma doença crónica, mas que permita ao infectado viver até ao final da sua vida.
Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top