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Espanha: Cimeira da ONU sobre o Clima decorre sob o lema “Tempo de Actuar"

A Cimeira das Nações Unidas sobre o clima (COP25) começa em Madrid (Capital da Espanha), com a presença de 50 líderes mundiais.
Durante a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que se prolonga até 13 de Dezembro, são esperadas delegações de 196 países, assim como os mais altos representantes da União Europeia e várias instituições internacionais, o que pressupõe “a totalidade dos países do mundo”, de acordo com um Comunicado do Governo espanhol.
O chefe do Executivo espanhol, Pedro Sánchez, acompanhado pelo secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, presidiram, na manhã desta segunda-feira, 2, à Sessão de Abertura da Cimeira, que tem como lema “É tempo de Actuar”.
A Cimeira sobre o Clima estava, inicialmente, prevista para se realizar no Chile, mas, no final de Outubro, o Governo chileno decidiu cancelar o evento, alegando não haver condições, devido a um movimento de contestação interna e de agitação civil.
O Governo espanhol avançou com a proposta de organizar a grande Conferência Anual sobre Alterações Climáticas e conseguiu ter tudo pronto para a sua inauguração, em Madrid, apesar de a presidência da Reunião continuar a pertencer ao Chile.
As contribuições dos países para o Fundo Verde Climático de Assistência aos Países em Desenvolvimento e a criação de um mecanismo de compensação às nações que sofram danos, por causa de fenómenos climáticos extremos, são alguns dos compromissos a que, praticamente, todos os países do mundo aderiram, mas que demoram a ser cumpridos quatro anos depois da assinatura do Acordo de Paris (Capital da França).
A Conferência acontece a, praticamente, um mês da entrada em vigor do Acordo de Paris, marcada para 2020, ano em que os países signatários devem apresentar medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global e estabelecer novas metas para conter as suas emissões carbónicas.
Uma das questões centrais e que poderá obrigar a maratonas negociais é a criação de um mercado global de licenças de emissões carbónicas, que não existe e que, actualmente, é uma manta regional fragmentada de venda e troca de licenças para poluir.
Do lado da ciência, o sentido de emergência é claro: os mais recentes relatórios do Painel Inter-Governamental para as Alterações Climáticas apontam um cenário já irreversível de subida da temperatura global, subida dos níveis dos oceanos e uma cascata de efeitos combinados, que significam catástrofes ambientais nas próximas décadas.
Para cumprir o Objetivo definido em Paris, em 2015, de limitar o aumento da temperatura global face aos níveis pré-industriais até 2100, será necessária uma redução anual de 7,6 por cento (%) das emissões de dióxido de carbono, segundo os últimos dados das Nações Unidas.
A par da COP25, organizações não-governamentais e da sociedade civil promovem uma Agenda Paralela de Actividades, nas quais pontua a presença da activista sueca Greta Thunberg, o rosto de um movimento mundial protagonizado por muitos estudantes – em greves às aulas pelo Clima – de contestação e exigência de respostas aos líderes mundiais.
Em 2020, a COP26 está prevista para Glasgow, na Escócia.
 
Com: sicnoticias.pt

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