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Argélia escolhe novo PR nesta quinta sob pressão de protestos

Após meses de manifestações nas ruas, os argelinos vão às urnas nesta quinta-feira, 12, para eleger o novo Presidente da República (PR). São esperados 24 milhões de votos para escolher entre cinco candidatos quem deve ocupar o lugar deixado por Abdelaziz Bouteflika, que renunciou em Abril.
A Eleição Presidencial desta quinta-feira, 12, é considerada uma farsa pelo Movimento de contestação “Hirak”, e os cinco políticos são acusados de representarem o mesmo Grupo no Poder há décadas. Embora não haja pesquisas, os observadores esperam abstenção em massa.
Em Fevereiro, o Movimento popular “Hirak” tomou as ruas da Argélia, para exigir mudanças no Governo. O PR Abdelaziz Bouteflika, no Poder desde 1999, representava o partido FLN (Frente de Libertação Nacional), o mesmo a governar o País desde sua Independência, em 1962.
Após dois meses de intensos protestos, Bouteflika renunciou em Abril, e o Presidente do Conselho da Nação, Abdelkader Bensalah, foi nomeado PR interino.
Uma Eleição Presidencial foi marcada para 4 de Julho, para tentar acabar, rapidamente, com a crise Político-Institucional do País. No entanto, sem ter candidatos, a votação teve que ser anulada.
Desde então, a Argélia está a serliderada por um Presidente interino, cujo mandato legal terminou há cinco meses, e por um Governo nomeado pelo ex-Presidente Bouteflika, dois dias antes de sua demissão.
A votação desta quinta-feira foi organizada às pressas. A Campanha Eleitoral começou apenas no dia 17 de Novembro, e diversos eventos políticos foram interrompidos por protestos populares no último mês.
Na véspera da Eleição, os protestos continuaram nas ruas da Capital – a Cidade de Argel -, nesta quarta, 11 , reunindo milhares de pessoas que pedem aos argelinos para não votarem.
Os cinco candidatos a disputarem a Presidência são políticos conhecidos da população. Quatro deles ocuparam cargos de ministro, durante o longo Governo de Bouteflika e o outro foi deputado eleito pelo Partido do ex-Presidente.
Segundo analistas ouvidos pela AFP, o PR que será eleito já está desacreditado e não será reconhecido pela opinião pública, vindo a ter um problema real de legitimidade eleitoral.
Após a Eleição, o “Hirak” deverá continuar actuando na organização de novos protestos.
 
Com: RFI

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