PUB

Opinião

Cabo Verde como destino competitivo, atractivo e dinâmico

Por: José Valdemiro Lopes
A criação do Instituto do Turismo, é uma acção positiva que institucionalmente, confirma o turismo como actividade absolutamente central e dinamizadora da economia cabo-verdiana e é o sector que mais emprego directo cria e tem uma fatia prestigiosa no  PIB, as previsões e investimentos na area apontam para crescimnto em contínuo, nos próximos tempos.
Realmente, dado a fraqueza dos recursos nestas ilhas, só o turismo é que consegue compensar, ou melhor aliviar,  se podemos afirmar isso, os déficits estruturais que  a economia cabo-verdiana apresenta no que toca a dependência ás importações que excedem de longe as exportações de bens manufaturador locais.
O Instituto do Turismo, mesmo sendo liderado pelo Estado, tem de ser permeável e aberto, os maiores players, da área, são os investidores externos e em certa medida também a sociedade civil cabo-verdiana, junta-se o trabalho mais que indispensável dos agentes profissionais, que participam no sector e todos devem juntar as sinergias, para se poder operar,  o que este pais ilhas, inteiro anseia e precisa que aconteça de facto, provocar, a diversificação da oferta do turismo nacional. Todos sairão a ganhar, graças á possibilidade, desta feita inteligente de integrar os sectores nacionais, produtores de bens e serviços que almejam, com razão, somar dividendos neste nicho mais interessante de mercado.
Ao novel Instituto que se avizinha, destinar-se á o papel e trabalho, entre outros, de ser, catalisador de trabalho conjuntos de universidades, todas as vinte e duas camaras municipais, fundações, empresas privadas, entidades públicas e mais outros sujeitos sobretudo os agentes profissionais do sector, para se conseguir uma análise detalhada do panorama turístico, de todas as ilhas e localidades para se poder criar um bom  plano estratégico, que preve a evolução e estabelece o caminho para que se possa aproveitar todas as oportunidades, devemos sempre ter em conta que os concorrentes nossos são fortes e  têm, praticamente todos experiencia profissional de vários anos, acima de nós. Não estamos a dar os primeiros passos, mas somos mais recentes na área e precisamos fazer trabalho de casa, praticamente, em todos os níveis desta oferta.
Temos de confirmar novos passos, colocando, em destaque um plano, que integra o nível económico, o ambiental e o social tudo corelacionado. Esses três níveis são indissociáveis. Os cabo-verdianos, não querem ficar, também,  na situação de pedir autorização a investidores estrangeiros, para banharem-se nas suas praias, os pescadore e armadores que arrastavam e tinham sues barcos na Praia da Gamboa, dizem-se incertos quanto ao futuro, face ás intensas alterações, tanto na citada praia e no Ilheu de Sant Maria, que certamente mexerá com as suas vidas, nomeadamente a económica e muita gente considera que em muitos investimentos turisticos, tanto no Sal, como na Boa Vista e actualmente, no Ilhéu de Santa Maria (Praia), autoridades e instituições, esqueceram-se da interelação das tres dimensões acima citadas.
Cabo Verde precisa ter e quer um crescimento sustentavel e inclusivo no domínio turístico e verifica-se, que o “crescer por crescer”, caso do Sal e da Boavista, deixa os operadores económicos, cabo-verdianos, praticamente fora do baralho, e o sector aumentou  o custo de vida dos cidadãos e trazendo também, outros “menos” nos efeitos colaterais, quando debruçando quase que exclusivamente na atracção do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), na industria turística.
A melhor opção é, pois, apostar, num crescimento “inteligente”, competitivo, respeitoso e amigo do meio ambiente, respeitador dos nossos valores, prevendo a mudança climática e caminhar para o turismo diversificado e inclusivo, forma de combater a pobreza, melhorando as competências, etc. O instituto “regulador” ou “orientador” poderá reforçar desde o início, sua própria capacidade, influenciando, para se poder contar com eficiência da administração pública.
Devemos fazer emergir ideias ambiciosas, mas realizaveis como estratégias principais a atingir: atrair e fidelizar visitantes valorizando todo o territorio nacional, do ponto de vista atractivos e recursos turísticos, capacitar mais ainda todos os agentes e guias turísticos capacitar, promover e promover … possibilitar a comercialização das ofertas turísticas de Cabo Verde e das suas regiões e cooperar, mais, sobretudo a nível europeu donde vem a grande maioria dos nossos visitantes turísticos.
Todo esse trabalho seria ineficaz sem a ferramenta incontornável que é a Internet.
PRAIA SMART, é o projecto de promoção Turística da Praia urbana e suburbana que coloca em destaque e em detalhes os atractivos e subsídios da cidade capital, que está preparada para a diversificação da oferta turística, mas que precisa ter um Centro Internacional de Conferencias, Uma Sala de Concertos de grande porte. Praia, alberga todos os órgãos da soberania nacional, todas as chancelarias acreditadas no país, instituições internacionais e regionais. O padrão de boa qualidade de vida da capital, é reforçada, por dois prestigiosos investimentos: o grande investimento imobiliário, asiático, que transformará todo o litoral da praia da Gamboa, e o ilhéu de Santa Maria, e o do governo norte-americano, que decidiu construir de raiz a Embaixada dos USA,  na Várzea (que ficará, completamente requalificada) … O projecto PRAIA SMART, estará brevemente a promover Cabo Verde na Internet, possibilitando também o acesso online a Cadernos Culturais digitais interactivos em 3D de Morna, Cidade Velha, Tabanka, Funana, Batuku, Artesanato…
O Instituto de Turismo, espera-se, terá a oportunidade de certificar o turismo, como o motor de desenvolvimento economico, social e ambiental. 
miljvdav@gmail.com
(Publicado no A NAÇÃO impresso, nº 620, de 18 de Julho de 2019)

PUB

PUB

PUB

To Top