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São Vicente

São Vicente: União dos Sindicatos apela à participação em massa na Manifestação de 13 de Janeiro

A União dos Sindicatos de São Vicente (USV), filiada na UNTC-CS (União Nacional dos Trabalhadores Cabo-Verdianos – Central Sindical), convocou uma Manifestação Nacional para 13 de Janeiro de 2020, decorrente da situação sócio-laboral no País e de uma alegada crise interna na UNTC-CS, que tem desembocado num braço-de-ferro entre a secretária-geral da Central Sindical, Joaquina Almeida, e dirigentes sindicais.
A decisão foi tomada na sequência de uma Assembleia-Geral que teve lugar no dia 20 de Dezembro, entre dirigentes, delegados e activistas sindicais de São Vicente.
A Reunião considerou crítica a situação laboral que se vive no País, denunciando um “clima de medo” reinante nos locais de trabalho, uma elevada taxa de desemprego jovem e uma excessiva carga fiscal sobre os trabalhadores por conta de outrém.
Segundo o presidente da USV, Eduardo Forte, há uma generalização e massificação de contratos a prazo em Cabo Verde, tanto no Sector Privado como na Administração Pública, que resulta no congelamento de salários e a perda do poder de copra dos trabalhadores e das famílias.
Fortes aponta, igualmente, os salários baixos praticados na Segurança Privada, a “prevalência de injustiça aos marítimos”         que, diz, ainda não viram a sua idade de reforma reduzida, despedimentos ilegais, morosidade da Justiça Laboral e funcionamento deficiente da Inspecção e da Direção-Geral do Trabalho.
Diante destas situações, a União dos Sindicatos de São Vicente faz um apelo a todos os trabalhadores nacionais, no sentido de participarem activa e pessoalmente na Manifestação, sejam eles filiados, ou não, na UNTC-CS.
 
Braço-de-ferro
 Relativamente à crise interna na UNTC-CS, o presidente da USV, Eduardo Fortes, diz que, decorridos mais de três anos após a eleição da actual secretária-geral (SG), não foram, ainda, apresentados, ao Conselho Nacional (CN), os relatórios de Actividades e Contas para apreciação e aprovação.
Ademais – acrescenta -, desde 2017, o CN, orgão máximo da UNTC-CS entre os congressos não se reuniu, como prevê os Estatutos, sob o argumento “falso” da SG, que alega falta de meios financeiros para o fazer.
“Os sindicatos que contestam a liderança da actual SG, e são a esmagadora maioria neste momento, estão todos marginalizados e afastados das actividades da Central Sindical, sendo o exemplo mais flagrante aquilo que aconteceu por ocasião das comemorações do 40º Aniversário da UNTC-CS, em que nenhum deles esteve presente no acto que assinalou a efeméride”, aponta Eduardo Fortes.
Este sindicalista alega, também, que a SG vem promovendo a criação de novos sindicatos em sectores onde estes já existem, fomentando a concorrência sindical dentro da própria UNTC-CS.
Fortes assegura, ainda, que, tanto a representação em São Vicente como em outras ilhas estão a ser vítimas de perseguição por parte da SG da UNTC-CS. Como prova disso, aponta uma queixa apresentada pela mesma no Tribunal de São Vicente, cuja finalidade última, garante, é a expulsão da USV e dos sindicatos que a integram das suas instalações no Mindelo.
“Condenamos veementemente a queixa apresentada, considerando-a um total absurdo e manifestamos o nosso apoio e solidariedade à USV e aos sindicatos de São Vicente”, conclui Fortes.
 
NA

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