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Austrália: Fumaça dos incêndios chegam a Chile e Argentina

“A fumaça entrou na Argentina a partir do Chile, pela Cordilheira dos Andes, e está a cinco mil metros de altura ou mais”, afirmou a meteorologista do Serviço de Meteorologia Nacional da Argentina, Cindy Fernández. Ela acrescentou que, apesar da altura, a nuvem pode ser facilmente vista.

“A fumaça pode ser observada a partir de uma coloração diferente no céu, já que atenua a luminosidade do sol e torna o céu mais cinza. Durante o entardecer, o céu e o sol ficam mais avermelhados”, indicou Fernández. A meteorologista argentina destaca, no entanto, que a nuvem não prejudica a saúde nem afecta a normalidade dos vôos.

O Departamento Meteorológico de Santiago, no Chile, chegou à mesma conclusão. “A fumaça está a cerca de seis mil metros de altura e não oferece risco à saúde”, disse Patricio Urra, responsável pelo Serviço de Meteorologia do Chile. “O efeito pode ser visto ao sol, em tons de vermelho, mas não há nenhum fenómeno previsto capaz de fazer a fumaça descer à superfície”, afirmou Urra. Ele explicou que a nuvem pode ser observada na Região Central do Chile, como uma neblina.

A vasta nuvem vinda da Austrália desloca-se pela alta atmosfera e pode ingressar, nesta terça-feira, 7, no Território brasileiro, pelo Rio Grande do Sul. A Empresa de Meteorologia do Sul do Brasil, MetSul, prevê que o fenómeno também provoque um pôr-do-sol alaranjado até quinta-feira, 9.

Esta é a segunda vez, em menos de cinco meses, que a fumaça de grandes incêndios chega à Argentina. No final de Agosto, a fumaça das queimadas na Amazónia cobriu todo o Uruguai e metade da Argentina.

Nessa época, as partículas vindas da floresta amazónica formaram uma densa camada sobre Buenos Aires, mas chegaram a afectar a visibilidade em Montevidéu, Capital do Uruguai. A nuvem das queimadas formou uma cortina que impedia a visão a poucos metros de distância, provocando transtornos no tráfego aéreo.

Os incêndios que atingem a Austrália desde Setembro

já destruíram uma superfície equivalente à Irlanda, isto é, oito milhões de hectares, e deixaram 24 mortos. Após um final de semana catastrófico, as equipas de bombeiros australianos, que contam com reforços dos Estados Unidos da América e do Canadá, aproveitaram algumas horas de chuva e uma diminuição nas temperaturas no local para avançar no controlo dos focos dos incêndios.

 

Com: RFI

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