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Saúde

Coronavírus. Os sintomas, o contágio e as dúvidas que persistem 

Foi detetado na cidade chinesa de Wuhan, há um mês, mas depressa se alastrou. Já chegou a Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América (EUA), Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá. O ultimo balanço aponta para mais de uma centena de mortos e mais de seis mil infectados.

É menos mortal do que outros vírus identificados como pertencendo à mesma família, mas, pelo contrário, o processo de contágio é mais rápido, dizem os especialistas envolvidos na investigação da Pneumonia.

Ainda não conseguem responder, com clareza, às perguntas sobre a origem do novo Coronavírus, nem à forma como é transmitido, mas a vacina de combate ao mesmo entrará, em breve, em fase de testes.

 

Quais são os sintomas?
Febre, dor, mal-estar e dificuldades respiratórias. Os sintomas são semelhantes aos de gripe, mas mais intensos.

Entre os primeiros casos confirmados, 90 por cento (%) apresentaram febre, 80% tosse seca, 20% falta de ar e cerca de 15% dificuldade em respirar.

Crê-se que o período de incubação (quando o Vírus ainda não é detectado) demore entre um dia e duas semanas.

 

Como se transmite?
O vírus transmite-se pela via respiratória e há evidências de contaminação de pessoa para pessoa, mas ainda não se sabe se é apenas propagado pelo ar ou também através do contacto. Como “não sabemos exactamente de onde vem, não entendemos como é transmitido e como se expressa”, admitiu Daniel A. Kertesz, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), na Tailândia.

Desconhece-se, ainda, se o Coronavírus afecta, igualmente, todo o tipo de pessoas, desde adultos a crianças, doentes ou pessoas saudáveis, e quais as características exactas que levam à morte por este tipo de Pneumonia.

 

O tratamento
Não existe um medicamento específico para o novo Vírus. Os doentes estão a ser tratados com os mesmos métodos usados para combater, habitualmente, a febre ou a dificuldade respiratória.

Está a ser desenvolvida uma Vacina por uma equipa de investigadores chineses do Hospital Oriental de Xangai.

De acordo com a Agência Estatal Xinhua, os testes deverão começar num prazo máximo de 40 dias, no entanto, ainda, não há data prevista para a chegada ao mercado.

 

Máscaras não são 100% eficazes
Não há nenhum método infalível na prevenção da pneumonia.

Apesar disto, a OMS tem aconselhado uma lavagem cuidada das mãos, a utilização de desinfectante e o uso de máscaras de protecção de vias respiratórias, para evitar o contágio através de um espirro. O que não “dá 100% de garantia.

A sua eficácia não está comprovada”, afirmou, nesta terça-feira, 28, Satoshi Hiroi, do Instituto de Saúde Pública de Osaka (no Japão), citada pela AFP, depois de o Ministério da Saúde francês ter dito o mesmo.

Estas máscaras não estão completamente presas ao rosto e, por isso, é possível que o Vírus consiga passar a barreira e ser inalado.

Nos últimos dias, disparou o consumo de máscaras descartáveis nos países onde o Vírus se manifestou – e não só.

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A principal tentativa para travar o Vírus é feita na Cidade de Wuhan, que está isolada. Foram canceladas todas as rotas dos transportes públicos, os vôos e foi pedido aos cidadãos que permanecessem em casa.

Há dois novos hospitais em construção, para tratar exclusivamente estes doentes. Um deles, abre já a 3 de Fevereiro, o outro ficará operacional na semana seguinte.

O resto do País também está a tomar medidas de prevenção, foram suprimidos transportes um pouco por todo o lado, proibido o comércio de animais selvagens temporariamente no País e adiado, indeterminadamente, o início do Ano Lectivo.

Mongólia e Hong Kong encerraram as fronteiras com a China, há países a proibirem vôos da Companhia Aérea chinesa de aterrar e outros a repatriar os seus cidadãos (EUA, Japão, Sri Lanka, Austrália e França).

Entretanto, a Comissão Europeia já accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil, usado para catástrofes naturais, para possibilitar o repatriamento de cidadãos da União Europeia (UE) na China.

 

A origem da doença
A Pneumonia que emergiu na Cidade chinesa de Wuhan, há cerca de um mês, é provocada por um novo Coronavírus, anteriormente desconhecido da Ciência.

Foi baptizado como 2019-nCoV e tem sido comparado à Epidemia Global da Síndrome Respiratória Aguda (SARS, na sigla em inglês), que aconteceu em 2002 e 2003. Na altura, fez 774 vítimas mortais, em mais de oito mil casos.

 A origem do Coronavírus, assim chamado devido à sua forma, que faz lembrar uma “coroa”, ainda é desconhecida. Sabe-se que o Surto emergiu a partir de um mercado de venda de peixe fresco e marisco e outros animais vivos, incluindo espécies selvagens, como morcegos e cobras.

O mais provável é que a fonte original do agente patogénico seja uma das espécies selvagens, à semelhança do que aconteceu na epidemia de SARS, em que o reservatório do respectivo Coronavírus, como depois se verificou, eram as civetas: um gato selvagem.

Neste momento, porém, os investigadores não conseguiram ainda determinar de que animal provém o novo Coronavírus, que passou a barreira de espécies e começou a infectar os humanos.

 Com: dn.pt

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