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Desporto

Cabo Verde no Mundial de Andebol: Presidente federativo quer mais apoios para a preparação

O presidente da Federação Cabo-Verdiana de Andebol quer mais apoios para uma melhor preparação da selecção para o Mundial da modalidade que se realiza no Egipto em 2021. Nelson Martins manifestou este desejo, na ressaca da conquista do quinto lugar no Campeonato Africano de Andebol, realizado na Tunísia.
De “outsider” para a classificação como a quinta melhor selecção de andebol de África, Cabo Verde deixou uma boa imagem no CAN da modalidade, realizado na Tunísia, nas duas últimas semanas. Tal classificação permitiu a equipa cabo-verdiana qualificar-se para o Mundial de andebol a ser realizado no Egipto no próximo. Foi a primeira vez que uma selecção nacional conseguiu tal feito, confirmando que as melhores conquistas nacionais a nível colectivo têm acontecido no andebol.
Agora a selecção nacional volta as suas baterias para uma melhor preparação possível para o Mundial de 2021. Mas, para que isso aconteça, defende o presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol (FCA), Nelson Martins, deverão ser criadas as condições ideais, que passa indiscutivelmente por mais apoios.
“Para o Mundial, é necessário que sejam criadas as condições ideias para uma boa preparação. Temos mais jogadores que viemos a descobrir depois que chegamos aqui (Tunísia). Jogadores que jogam em grandes equipas no mundo que tem interesse de representar Cabo Verde. Portanto é mais apoio para podermos ter uma preparação condigna, estágios constantes até que cheguemos na prova”, argumenta Nelson Martins.
Caso essas condições estejam asseguradas, aquele responsável acredita que no Mundial Cabo Verde fará uma boa figura, pois, com o quinto lugar alcançado no CAN, o combinado nacional deu provas de que tem argumentos para se bater de frente com qualquer equipa. 
Participação no CAN orçado em oito mil contos
Segundo revelou Nelson Martins, a participação de Cabo Verde no CAN estava orçada em oito mil contos. Desse valor a FCA recebeu do governo apenas quatro mil, portanto, um montante insuficiente para a demanda. 
“Penso que esse valor era insuficiente, mas pronto agradecemos mesmo assim. Não tivemos de mais ninguém, nenhuma empresa nos apoiou, depois de termos enviado dezenas de cartas. Inclusive enviamos a Presidência da República, Assembleia Nacional e não obtivemos respostas”, lamenta.
Diante dos factos, aquele responsável alerta para a necessidade do andebol cabo-verdiano começar a ser visto com “outros olhos”, pois é a modalidade que mais ganhos têm alcançado nos últimos anos.
“Têm que começar a ver que o andebol nacional tem potencialidade em África e no mundo e começar a apoiar mais, porque não conseguimos fazer o que queremos sem apoios. Têm que lembrar que não há apenas uma modalidade só e que é o andebol que tem estado a dar mais alegrias aos cabo-verdianos”, conclui.
Já o governo, através do ministro do Desporto, Fernando Elísio Freire, garantiu que irá criar condições para uma participação “digna” da selecção nacional de andebol no Mundial de 2021 a ser disputado no Egipto. “Iremos criar as condições de financiamento e de logística para que essa participação seja digna”, frisou Fernando Elísio Freire, em declarações reproduzidas pela Inforpress.
Informou, no entanto, que para a participação no campeonato africano o Governo, através da Direcção Geral do Desporto, investiu cerca de quatro mil contos, lembrando que as condições são criadas de acordo com as possibilidades do país. “O Governo cria as condições de acordo com as possibilidades do país (…) por isso apelamos a um maior envolvimento das empresas no apoio ao sector do desporto, que é uma forma de Cabo Verde se afirmar no mundo”, notou o governante.
JF
(Publicado no A NAÇÃO impresso, nº 648, de 30 de Janeiro de 2020)

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